FELIPE MAIA
DA FOLHA ONLINE

Panes em sites de vendas de ingressos têm culpado: a falta de planejamento das empresas, que não se preparam para uma grande demanda de acessos, segundo especialistas consultados pela Folha.
"É um erro de planejamento. A empresa está feliz sob certa demanda, mas nunca testou o serviço em picos maiores", diz Demi Getschko, do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto br.
"Após várias tentativas, consegui finalmente chegar à página do site em que se escolhe os lugares, mas estou parado há pelo menos 15 minutos no "calcular o frete" e não adianta, não vai pra frente", relatou o internauta Diego Lopes à Folha Online.
Segundo Getschko, na maior parte das vezes, os servidores não são suficientes para agüentar o número de acessos - como uma caixa d'água que transborda pelo excesso.
Para os especialistas, é recomendável que a empresa faça testes para verificar até que ponto o seu sistema agüenta. Nesses casos, técnicos usam computadores controlados pela companhia para "bombardear" o servidor com informações, verificando sua capacidade.
Outra possibilidade é a de a conexão de internet contratada pela empresa para fazer a comunicação entre o site e os clientes não dar conta. E, segundo eles, não é o tipo de problema que se resolve de uma hora para outra.
Os softwares usados para autenticar e gerenciar os pedidos também são alvo de críticas. "O processo de autenticação é algo moroso, com pouca usabilidade, feito por técnicos que não têm muita noção de prestação de serviços", diz Marcelo Zuffo, professor da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo).
Procuradas pela reportagem, as empresas de venda de ingressos não responderam até o fechamento desta edição.


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