São Paulo, sábado, 15 de agosto de 1998

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FOTOGRAFIA
Evento que começa amanhã apresenta 34 mostras, 20 workshops, debates, feira de livros e ciclo de cinema
Bienal de Curitiba foca novas tendências

ANA MARIA GUARIGLIA
free-lance para a Folha

Começa amanhã a 2ª Bienal de Internacional de Fotografia Cidade de Curitiba, que apresentará, até o dia 23 de agosto, 34 mostras, 20 workshops, além de debates, feira de livros e um ciclo de cinema.
Uma das atrações é a mostra coletiva que, segundo Orlando Azevedo, curador do evento, traz um panorama das novas tendências fotográficas, com a participação de 20 fotógrafos selecionados e 30 convidados, entre eles Bob Wolfenson, Lilia Kawakami, Penna Prearo e Thomaz Farkas.
Os trabalhos foram adquiridos pela Fundação Cultural de Curitiba, uma das promotoras da Bienal, e a mostra será inaugurada amanhã, no Solar do Barão transformado no Museu de Fotografia.
"Yanomamis" é o tema da exposição da fotógrafa Claudia Andujar, mostrando cenas de uma aldeia de índios ianomâmi.
Na Biblioteca Pública de Curitiba, será apresentada a mostra de Antônio Gaudério, repórter fotográfico da Folha, com 14 fotos sobre o trabalho de meninos garimpeiros de 5 a 12 anos, em Bom Futuro, na Amazônia.
"A Dor" trará trabalhos da curitibana Vilma Slomp, que também lançará o livro com o mesmo nome. As imagens de plantas, frutos e flores mostram alegria do existir e a dor pela ação do tempo.
Lalo de Almeida, repórter fotográfico da Folha, apresentará na Bienal a exposição "O Homem e a Terra", sobre os costumes dos vaqueiros do norte e do sul do país. O projeto recebeu uma bolsa da 1ª Bienal, em 1996.
Evandro Teixeira resgatou um pouco da história brasileira com os 80 registros sobre a Guerra dos Canudos, retratando também a trajetória de Antônio Conselheiro.
O paulista German Lorca expõe no Museu de Arte Paranaense 30 imagens, que fazem parte da retrospetiva de sua carreira.
O fotógrafo foi um dos participantes do Foto Cine Clube Bandeirante, fundado no final da década de 30, em São Paulo, e que mudou as feições fotográficas do país.
Ao apresentar workshops e mostrar um painel sobre a arte e a técnica fotográficas no país, a Bienal tornou-se um dos eventos mais importantes da América Latina.
Azevedo acredita que, neste ano, o evento deverá receber cerca de 450 mil pessoas, devido à política de fortalecimento no intercâmbio cultural dos países do Mercosul.
O historiador Boris Kossoy fará uma retrospectiva de trabalhos na mostra "Mundos Paralelos", além de participar dos debates sobre a fotografia na América Latina, com a participação da historiadora suíça Erika Billeter e de Patrícia Mendoza, fundadora do Centro de la Imagen del Mexico.

Evento: 2ª Bienal Internacional de Fotografia Cidade de Curitiba
Mais informações: Fundação Cultural de Curitiba (tel. 041/322-1525, ramais 2373 e 2378)


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