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Antropofagia e batera fazem a diferença
da Redação
O terceiro CD
do Rappa começa diferente
de tudo que eles
já fizeram. O
violão funk tocado por Falcão (vocalista), o vocal recitado de Yuka (baterista) e a
cuíca tocada por Lobato (tecladista) já previnem o ouvinte.
"Tribunal de Rua" ainda tem o
baixo dub de Lauro Farias e samples do DJ Negralha. Inversões de
posição e misturas de sons e ritmos permeiam as 12 faixas desse
trabalho difícil de classificar.
E misturar
também é receita no disco de
estréia do Nocaute. Os ingredientes aqui já
são velhos conhecidos: hip hop,
rock and roll e pitadas de samba.
O som cresce bastante quando
quem brilha é a bateria pesada de
Andréa. Um bom exemplo é a faixa "Men's", que já está nas rádios.
Mas o molho dos caras ainda precisa ferver um pouco para não
acabar sendo confundido com o
que já está na praça.
Muito se discute sobre como será a música no Brasil daqui a alguns anos. Os bons trabalhos pop
apontam para a mistura antropofágica de ritmos e sons, sem preocupações com rótulos. O Rappa
faz isso, e o Nocaute demonstra
atitude e vontade para tanto.
Como diz a letra de "Lado B/Lado A": "Há um despacho na esquina do futuro". Amém.
(RD)
Disco: Lado B/Lado A
Artista: O Rappa
Lançamento: WEA
Quanto: R$ 20, em média
Avaliação:
Disco: Nocaute
Artista: Nocaute
Lançamento: Sony Music/Black Groove
Quanto: R$ 18, em média
Avaliação:
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