São Paulo, Quarta-feira, 15 de Setembro de 1999
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Antropofagia e batera fazem a diferença


da Redação

O terceiro CD do Rappa começa diferente de tudo que eles já fizeram. O violão funk tocado por Falcão (vocalista), o vocal recitado de Yuka (baterista) e a cuíca tocada por Lobato (tecladista) já previnem o ouvinte.
"Tribunal de Rua" ainda tem o baixo dub de Lauro Farias e samples do DJ Negralha. Inversões de posição e misturas de sons e ritmos permeiam as 12 faixas desse trabalho difícil de classificar.
E misturar também é receita no disco de estréia do Nocaute. Os ingredientes aqui já são velhos conhecidos: hip hop, rock and roll e pitadas de samba.
O som cresce bastante quando quem brilha é a bateria pesada de Andréa. Um bom exemplo é a faixa "Men's", que já está nas rádios. Mas o molho dos caras ainda precisa ferver um pouco para não acabar sendo confundido com o que já está na praça.
Muito se discute sobre como será a música no Brasil daqui a alguns anos. Os bons trabalhos pop apontam para a mistura antropofágica de ritmos e sons, sem preocupações com rótulos. O Rappa faz isso, e o Nocaute demonstra atitude e vontade para tanto.
Como diz a letra de "Lado B/Lado A": "Há um despacho na esquina do futuro". Amém. (RD)

Disco: Lado B/Lado A
Artista: O Rappa
Lançamento: WEA
Quanto: R$ 20, em média


Avaliação:     
Disco: Nocaute
Artista: Nocaute
Lançamento: Sony Music/Black Groove
Quanto: R$ 18, em média

Avaliação:   


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