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Em SP, atriz e modelo norte-americana circula com 18 seguranças e equipe de assessores
Paris Hilton, a mulher que nunca está só
THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL
Paris Hilton é celebridade nos
Estados Unidos, mas, no Brasil,
a mulher recebe o tratamento de
uma princesa, de um papa.
É alguém quase inatingível.
Desde que chegou a São Paulo,
terça à noite, para promover sua
nova linha de perfumes, a superherdeira de uma fortuna de mais
de US$ 1 bilhão não passa nem
um minuto sequer sem estar
cercada por assessores de imagem, de imprensa, maquiador
(que carrega para lá e para cá
uma bolsa cheia de cosméticos)
e uma equipe de 18 seguranças.
Sim, 18 seguranças. Paris Hilton não faz nada sozinha. Até
mesmo em uma ida ao banheiro,
a loirinha de 24 anos é escoltada
por outra loira, a segurança de
sua entourage.
Como imagem é tudo, Paris
Hilton é o sonho dos paparazzi.
Em vez de fugir dos fotógrafos,
cumprimenta-os. Corre atrás
dos flashes. Ao desembarcar no
hotel, com as máquinas já apontadas, abre a porta sorrindo, faz
pose; a imprensa sabe com antecedência toda a sua agenda.
Como Paris Hilton é imagem,
as entrevistas são o de menos.
Para a coletiva, no início da tarde
de ontem, os repórteres recebem
uma "cartilha" com o que não
podem perguntar (nada sobre o
vídeo pornô que caiu na internet
há dois anos, estrelando Paris e o
ex-namorado) e com várias sugestões de o que perguntar (Você é uma mulher muito bonita.
O que faz para estar sempre bela? Você é pontual ou se atrasa
para compromissos?).
Depois, à tarde, em uma suíte
cuja diária custa mais de R$
2.300, Paris Hilton recebe a Folha, entre outros veículos. "Foi
uma coisa terrível, assustadora",
responde, ao ser questionada sobre o furacão Katrina. "Minha
família doou US$ 6 milhões às
vítimas." Um dos assessores que
assiste à entrevista entra na conversa: "Não esquece de falar dos
incentivos que você faz para
campanhas de caridade". "É verdade", lembra ela, "é importante
doar dinheiro nessas horas".
Simpática, sorridente, Paris
Hilton diz que o disco que deve
lançar até o final do ano, "Paris
Is Burning", é uma mistura de
"pop, rock e hip hop" e que "as
pessoas vão morrer de felicidade
quando ouvirem".
Durante a última pergunta, em
que o o repórter menciona
"George Bu...", o assessor interrompe: "Não, não. acabou".
Tudo é over com Paris Hilton.
Para a coletiva, aparece usando,
mais do que o vestido azul, um
enorme anel de noivado (segundo a assessora de imprensa americana, avaliado "em mais de
US$ 100 mil"; o noivo, no caso,
é... Paris Latsis, de ascendência
grega e também herdeiro de fortuna) e um relógio muito maior
do que seu próprio pulso, da linha Paris Hilton. Será lançado
em dezembro, em apenas cem
peças, e custará, os assessores
frisam, US$ 100 mil.
E o povo daqui pega carona.
Na terça à noite, Paris Hilton foi
jantar no Café de la Musique, na
Vila Olímpia. Primeiro, ela proibiu fotos. Mas, depois de comer
sushi e sashimi, mudou de idéia:
pouco antes de ir embora, deu
uma passada rápida no banheiro, retocou a maquiagem e foi ao
canto do bar do restaurante. Ali,
posou toda sorridente. O empresário Mario Bernardo Garnero,
proprietário do lugar, a modelo
Caroline Bittencourt e a apresentadora de TV Gloria Maria
foram correndo tirar fotos ao lado da milionária celebridade.
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