São Paulo, quinta-feira, 15 de setembro de 2005

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Em SP, atriz e modelo norte-americana circula com 18 seguranças e equipe de assessores

Paris Hilton, a mulher que nunca está só

THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL

Paris Hilton é celebridade nos Estados Unidos, mas, no Brasil, a mulher recebe o tratamento de uma princesa, de um papa.
É alguém quase inatingível. Desde que chegou a São Paulo, terça à noite, para promover sua nova linha de perfumes, a superherdeira de uma fortuna de mais de US$ 1 bilhão não passa nem um minuto sequer sem estar cercada por assessores de imagem, de imprensa, maquiador (que carrega para lá e para cá uma bolsa cheia de cosméticos) e uma equipe de 18 seguranças.
Sim, 18 seguranças. Paris Hilton não faz nada sozinha. Até mesmo em uma ida ao banheiro, a loirinha de 24 anos é escoltada por outra loira, a segurança de sua entourage.
Como imagem é tudo, Paris Hilton é o sonho dos paparazzi. Em vez de fugir dos fotógrafos, cumprimenta-os. Corre atrás dos flashes. Ao desembarcar no hotel, com as máquinas já apontadas, abre a porta sorrindo, faz pose; a imprensa sabe com antecedência toda a sua agenda.
Como Paris Hilton é imagem, as entrevistas são o de menos. Para a coletiva, no início da tarde de ontem, os repórteres recebem uma "cartilha" com o que não podem perguntar (nada sobre o vídeo pornô que caiu na internet há dois anos, estrelando Paris e o ex-namorado) e com várias sugestões de o que perguntar (Você é uma mulher muito bonita. O que faz para estar sempre bela? Você é pontual ou se atrasa para compromissos?).
Depois, à tarde, em uma suíte cuja diária custa mais de R$ 2.300, Paris Hilton recebe a Folha, entre outros veículos. "Foi uma coisa terrível, assustadora", responde, ao ser questionada sobre o furacão Katrina. "Minha família doou US$ 6 milhões às vítimas." Um dos assessores que assiste à entrevista entra na conversa: "Não esquece de falar dos incentivos que você faz para campanhas de caridade". "É verdade", lembra ela, "é importante doar dinheiro nessas horas".
Simpática, sorridente, Paris Hilton diz que o disco que deve lançar até o final do ano, "Paris Is Burning", é uma mistura de "pop, rock e hip hop" e que "as pessoas vão morrer de felicidade quando ouvirem".
Durante a última pergunta, em que o o repórter menciona "George Bu...", o assessor interrompe: "Não, não. acabou".
Tudo é over com Paris Hilton. Para a coletiva, aparece usando, mais do que o vestido azul, um enorme anel de noivado (segundo a assessora de imprensa americana, avaliado "em mais de US$ 100 mil"; o noivo, no caso, é... Paris Latsis, de ascendência grega e também herdeiro de fortuna) e um relógio muito maior do que seu próprio pulso, da linha Paris Hilton. Será lançado em dezembro, em apenas cem peças, e custará, os assessores frisam, US$ 100 mil.
E o povo daqui pega carona. Na terça à noite, Paris Hilton foi jantar no Café de la Musique, na Vila Olímpia. Primeiro, ela proibiu fotos. Mas, depois de comer sushi e sashimi, mudou de idéia: pouco antes de ir embora, deu uma passada rápida no banheiro, retocou a maquiagem e foi ao canto do bar do restaurante. Ali, posou toda sorridente. O empresário Mario Bernardo Garnero, proprietário do lugar, a modelo Caroline Bittencourt e a apresentadora de TV Gloria Maria foram correndo tirar fotos ao lado da milionária celebridade.


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