São Paulo, segunda-feira, 15 de setembro de 2008

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Televisão

Crítica

Em clássico, Glauber explora ínfimos detalhes

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Quando se pensa em "Deus e o Diabo na Terra do Sol" (Canal Brasil, 0h30; classificação indicativa não informada), imediatamente vêm à cabeça as grandes idéias, a representação do Brasil, as grandes influências, as inovações conceituais e formais etc.
Mas é igualmente possível pensar nos gestos de direção que fazem de Glauber Rocha um diretor tão bom. Vejamos: a figura épica e sinistra de Antônio das Mortes não poderia estar melhor do que na pele de Maurício do Valle.
E alguém é capaz de lembrar de um papel em que Othon Bastos esteja perto da grandeza de seu Corisco? E como esquecer que nesse agreste total Glauber foi buscar um galã com a fotogenia de Geraldo del Rey para fazer o beato que depois se torna o cangaceiro Satanás?
Não dá para falar de Ioná Magalhães, que depois se dedicou às novelas e deixou de existir, mas também está ótima. É com a mão na massa, explorando até o ínfimo detalhe numa escalação de elenco, que se faz um filme desse porte.


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