São Paulo, sexta-feira, 15 de outubro de 2004

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REAÇÃO

Mostra abrange 21 filmes que enaltecem valores norte-americanos

Festival defende conservadores

DA REDAÇÃO

Jim Hubbard é um norte-americano que gosta de fazer comparações. Certo dia, foi com a mulher ao seu cinema predileto, que exibia apenas dois filmes. Um deles era "Tiros em Columbine"; o outro, "Frida".
Ficou incomodado. "Eles não refletiam meus valores", diz em entrevista à Folha. "Não acredito em Michael Moore ou em comunistas. Por que não organizar meu próprio festival, com filmes que representam minhas crenças?" Um ano e meio depois, criou o American Film Renaissance, festival com 21 produções que aconteceu em setembro, no Texas.
Auto-intitulado "o primeiro festival conservador de filmes no país", o AFR reflete a "visão de milhões de americanos que são ignorados por Hollywood", na opinião de Hubbard. Para quem perdeu, há oportunidade de conhecer parte dessas produções. Entre os dias 22 e 24 deste mês, o site therightway.tv fará uma versão on-line do AFR.
E quais são esses valores? "A América é um país especial, que representa a liberdade de expressão, democracia etc. Discordo quando Moore diz que os EUA são uma nação de idiotas."
Hubbard segue com comparações. "Se você olhar para o século 20, qual nação desenvolveu mais tecnologia do que os EUA? Seja a invenção do avião ou a chegada do homem à Lua, os EUA estão na linha de frente da tecnologia e da economia."
Entre os filmes do festival, estão "Beyond the Passion of the Christ: The Impact" (Além da Paixão de Cristo: O Impacto), sobre a repercussão do filme "Paixão de Cristo" ao redor do mundo, e "Against Nature" (Contra a Natureza) -este questiona o trabalho de ambientalistas. Segundo Hubbard, "Michael Moore Hates America" (Michael Moore Odeia a América), que ataca o diretor de "Fahrenheit 11 de Setembro", é um dos melhores filmes do festival. "Vou votar em Bush. Claro que ele errou muito, mas Roosevelt também recebeu críticas quando combateu os nazistas."
(BRUNO YUTAKA SAITO)


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