São Paulo, sábado, 15 de outubro de 2011

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CRÍTICA

Questão de "O Grupo Baader-Meinhof" vale para a esquerda

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

A única coisa que pode importar em um filme sobre a ação do grupo alemão Baader-Meinhof é o estabelecimento dos nexos entre pensamento, política e ação armada entre o fim dos anos 1960 e o começo da década seguinte.
Trata-se da Alemanha, no caso de "O Grupo Baader-Meinhof" (TC Cult, 1h, 14 anos), mas a questão vale para a toda a esquerda europeia (mas não exclusivamente): que desarranjo epistemológico pode ter levado estes intelectuais a se tornarem não só guerrilheiros, mas verdadeiros carniceiros.
É nisso que fracassa o restrito filme do alemão Uli Edel. Como faz de Andreas Baader um insano, desde o princípio, desqualifica, por consequência, a hipótese de uma loucura política (ou ideológica).
Mil vezes melhor é a produção "A Última Tentação de Cristo" (TCM, 22h, 14 anos), um grande filme do diretor americano Martin Scorsese que a hierarquia da catolicidade não soube ver (e, pior, censurou).



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