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DISCO CRÍTICA
CD roça o pop perfeito
do enviado a Miami
"There Is Nothing Left to Lose"
é colocado no aparelho e já na primeira emissão sonora de "Stacked Actor", a faixa de abertura, dá
para perceber que Dave Grohl
ainda segue direitinho a cartilha
do Nirvana, sua ex-banda.
Não há demérito nenhum aí.
Significa, isso sim, barulho bom à
vista.
"Stacked Actor" é poderosa
e põe o disco
para começar à
toda. Sob a levada trecho calmo-trecho ruidoso-trecho
calmo, Dave
Grohl berra na
letra contra falsas atrizes com
peitos bonitos,
que na verdade
parecem drag queens e vão acabar morrendo loiras. Alguém disse Courtney Love?
A punkosa "Breakout" chega.
Poderia ter sido gravada em 1991,
época de ouro do grunge, que não
passaria batida.
É a segunda música, e a impressão que se tem é a de que o álbum
só deve piorar, porque não é possível ter mais músicas bacanas como essas duas primeiras. Mas
não.
Vem o hit "Learn to Fly", surge
a simpática "Gimme Stitches" e
chegam três espetaculares:
"Generator", música que mistura o melhor do Foo Fighters
com o wah-wah impagável imortalizado por Peter Frampton.
"Aurora", balada das boas que
tem um riff de guitarra matador
acompanhando a voz sincera de
Grohl.
E "Live-In Skin", um rock sofrido, mas não lento, que só não é
melhor porque não dá para entender o que Grohl pretende dizer
com a letra.
O disco só
vai acabar
com quatro
boas músicas
depois. A última faixa,
"M.I.A.", é
canção melosa ideal para
embalar os filmes teens
americanos.
O Foo Fighters sofre da aflição do Nirvana,
sim, mas a possibilidade de unir
essa influência ao bubblegum de
primeira qualidade leva a banda a
uma quase perfeição pop.
É um grupo em grande forma. E
o rock agradece.
(LR)
Avaliação:
Disco: There Is Nothing Left to Lose
Banda: Foo Fighters
Lançamento: BMG
Quanto: R$ 20, em média
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