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MÚSICA/LANÇAMENTOS
"AGLOMERADO"
Segundo disco dos mineiros sai na semana que vem pela Obi
"Quilombo" Berimbrown fala "de zumbi para zumbi"
DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
O lastro de "Aglomerado", segundo disco do Berimbrown, afirma Mestre Negoativo, 35, é ter sido feito "de zumbi para zumbi".
Produzido pelo próprio grupo
black mineiro, que mistura soul,
funk, capoeira e congada, num estúdio na zona norte de São Paulo,
"Aglomerado" chega às lojas pelo
selo estreante Obi, com tiragem
inicial de 25 mil cópias (mais de
quatro vezes a prensagem de seu
disco de estréia, que catapultou a
banda para o universo de apresentações ao longo do eixo Rio-São Paulo).
Se o trabalho anterior do Berimbrown contava com a participação "mais do que especial" de
Gerson King Combo, o novo
"aglomera" agora nomes como
Sandra de Sá ("Dançar É Viver"),
Bocato ("Groove" e "Paciência")
e Thaíde ("Black Broder - 20 do
11"), entre outros.
"O Berimbrown é um quilombo", repete Mestre Negoativo,
diante de sua inabalável tentativa
de reafirmar a tradição da cultura
afro do grupo. "Passamos por
muitas dificuldades até chegar
aqui, mas mantivemos nossos
princípios bem definidos. Nosso
negócio é o samba, a capoeira e o
candomblé. Nada de samplers,
loops, pro tools ou Mac-sei-lá-o-quê...", afirma.
ONG percussiva
Ironia do destino, a verdade é
que o Berimbrown só foi nascer
após uma viagem de Negoativo
à... Bélgica. Mestre de capoeira, o
vocalista e tocador de berimbau
passou um ano ensinando a arte
na Europa antes de decidir montar a ONG percussiva que deu origem ao grupo, em 1991.
Com tanto samba-rock, funk e
black music rolando solto por aí,
o grupo agora espera que o público perceba as raízes de seu trabalho: "Critica-se os Racionais MCs,
mas eles são a voz da periferia, e,
querendo ou não, a garotada já está ficando muito mais antenada".
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