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Crítica/"A Noiva Perfeita"
Comédia é feita sob medida para humor contido de Chabat
SÉRGIO RIZZO
CRÍTICO DA FOLHA
Popular na França, o ator
de origem argelina
Alain Chabat (o Julio
César de "Asterix & Obelix:
Missão Cleópatra") já alcançou
o estágio de prestígio em que
desenvolve projetos para ele
mesmo, como "A Noiva Perfeita", do qual é também produtor
e autor do argumento.
Como é habitual em situações como essa, o papel principal foi feito sob medida para explorar seu humor contido. Chabat vive um perfumista quarentão que permanece solteiro,
sob os cuidados da mãe e das
cinco irmãs, até receber delas
um ultimato: precisa se casar.
Em "Meu Melhor Amigo", de
Patrice Leconte, compra-se
uma amizade para dar jeito em
situação similar. Aqui, aluga-se
um relacionamento: entra em
cena a irmã de um amigo
(Charlotte Gainsbourg) que se
encaixa, bem remunerada, no
roteiro capaz de aplacar a ansiedade do clã. O que começa
com ares de comédia familiar
torna-se aos poucos comédia
romântica, com as pistas deixadas desde a primeira aparição
de Gainsbourg. Nem um solteirão convicto como o personagem de Chabat ficaria incólume
àquela promessa de idílio.
Há uma criança brasileira na
história, graças a uma trama
paralela sobre adoção -elemento politicamente correto
que servirá à anunciada conversão de Chabat em adulto.
A NOIVA PERFEITA
Produção: França, 2006
Direção: Eric Lartigan
Com: Alain Chabat, Charlotte Gainsbourg e Bernardette Lafont
Quando: a partir de hoje no Pátio Higienópolis, HSBC Belas Artes e circuito
Avaliação: bom
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