São Paulo, quinta-feira, 15 de novembro de 2007

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Crítica/"A Noiva Perfeita"

Comédia é feita sob medida para humor contido de Chabat

SÉRGIO RIZZO
CRÍTICO DA FOLHA

Popular na França, o ator de origem argelina Alain Chabat (o Julio César de "Asterix & Obelix: Missão Cleópatra") já alcançou o estágio de prestígio em que desenvolve projetos para ele mesmo, como "A Noiva Perfeita", do qual é também produtor e autor do argumento.
Como é habitual em situações como essa, o papel principal foi feito sob medida para explorar seu humor contido. Chabat vive um perfumista quarentão que permanece solteiro, sob os cuidados da mãe e das cinco irmãs, até receber delas um ultimato: precisa se casar.
Em "Meu Melhor Amigo", de Patrice Leconte, compra-se uma amizade para dar jeito em situação similar. Aqui, aluga-se um relacionamento: entra em cena a irmã de um amigo (Charlotte Gainsbourg) que se encaixa, bem remunerada, no roteiro capaz de aplacar a ansiedade do clã. O que começa com ares de comédia familiar torna-se aos poucos comédia romântica, com as pistas deixadas desde a primeira aparição de Gainsbourg. Nem um solteirão convicto como o personagem de Chabat ficaria incólume àquela promessa de idílio.
Há uma criança brasileira na história, graças a uma trama paralela sobre adoção -elemento politicamente correto que servirá à anunciada conversão de Chabat em adulto.


A NOIVA PERFEITA
Produção:
França, 2006
Direção: Eric Lartigan
Com: Alain Chabat, Charlotte Gainsbourg e Bernardette Lafont
Quando: a partir de hoje no Pátio Higienópolis, HSBC Belas Artes e circuito
Avaliação: bom


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