São Paulo, sexta, 16 de janeiro de 1998.



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Guitarrista desfalca blues texano

da Reportagem Local

Johnny Clyde Copeland nasceu na Louisiana e alcançou o sucesso somente depois da mudança para Nova York, mas sempre foi um guitarrista do Texas. O blues do Estado, energético e suingado, está morrendo.
Copeland era o sobrevivente de uma geração que teve Albert Collins e, mais tarde, Stevie Ray Vaughan, ambos mortos nesta década.
Sua carreira começou no início dos anos 50, mas demorou quase 30 anos para decolar. O primeiro disco, "Rock n' Roll Lilly", fez apenas algum sucesso regional. Nos anos 60, ele só gravou singles.
Em 75, enquanto os músicos texanos se mudavam para a Califórnia, Copeland mudou-se para Nova York. Em 80, assinou com a gravadora Rounder, quando passou a ser conhecido dentro e fora dos EUA. Seus dois primeiros discos foram sucesso de crítica e o levaram para o exterior.
Em 82, embarcou em uma viagem para dez países da África. Na Nigéria, gravou em 84 "Bringing it All Back Home" (cuja tradução é "trazendo tudo de volta para casa"), com a participação de músicos africanos -uma das primeiras experiências reais do que hoje é moda chamar de "world music".
Mas o principal álbum de blues de Copeland veio na segunda metade dos 80. "Showdown", gravado com Robert Cray e Albert Collins. O álbum lhe rendeu dois prêmios (um Grammy e um W.C. Handy, o Oscar do blues, com o perdão do chavão).

O que ouvir: "Copeland Special" (81), "Make my Home Where I Hang my Hat" (82), "Bring it All Back Home" (84), lançados pela Rounder; "Showdown" (85), pela Alligator



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