São Paulo, segunda, 16 de março de 1998

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Lider chega com cara de tédio

da enviada especial a Santiago

Sexta-feira, 13 de março, desembarque do Aeroporto Internacional de Santiago. Às 13h, um rapaz inglês com cara de sono e tédio aguarda deitado, sem a menor cerimônia, no carpete ao lado da esteira de bagagem. Do lado de fora, meninas e meninos chilenos gritam. Era Noel Gallagher.
"Não sei quase nada sobre a América Latina, mas, é óbvio, temos muitos fãs por aqui", disse o guitarrista do Oasis, durante entrevista coletiva no hotel Hyatt.
Ao contrário dos rock stars que declaram a torto e a direito o quanto sempre sonharam em conhecer países latino-americanos, ele afirma que toca onde seu empresário marcar shows.
"Não chegamos a nenhum lugar com expectativas, assim não ficamos desapontados. Nem escolhemos para onde vamos. Nosso empresário faz isso. E fica com todo o dinheiro e só nos dá batatas fritas para comer no ônibus", disse.
Acompanhado apenas do baixista Paul McGuigan, Noel se resguardou de fazer promessas sobre os shows do Chile, Argentina e Brasil. "Às vezes é bom tocar ao vivo, às vezes não é."
A participação mais vibrante de McGuigan na entrevista foi dizer que o Brasil ganhará a Copa do Mundo, sob o ar de reprovação de Noel (que acredita na Inglaterra).
Ele finalizou elogiando "I Was Born for the 7th Time", álbum mais recente da também inglesa Cornershop, e promoveu um momento retrô: "Vim ouvindo Smiths no avião para cá". (PD)


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