DA REDAÇÃO

O horário entre as 2h e as 4h da manhã de domingo será, certamente, o mais concorrido do Skol Beats. Pelas suas diversas tendas, o festival vai abrigar sets de Derrick May ("apenas" um dos inventores do tecno como nós o conhecemos), o grupo 808 State, o drum'n'bass de LTJ Bukem, o ídolo inglês de progressive Dave Seaman e... Dave Clarke.
Hoje -e também há vários anos e por algum tempo ainda- Clarke está situado entre os melhores e mais respeitados DJs e produtores de tecno e electro do planeta. Sua habilidade em fazer do underground uma casa do pop (e vice-versa), tanto como produtor (é dele os clássicos "Red" e "Shake Your Booty") como DJ, e seus remixes (Depeche Mode, Radiohead, Mirwais, Fischerspooner...) são reverenciados.
"Toco música que me excita, música que merece espaço e atenção. Presenciar pessoas dançando o que eu toco faz a minha vida. O DJ deve ser individualista no sentido de desenvolver um estilo próprio e de ter sua própria energia", disse Dave Clarke à Folha.
Um dos DJs com mais milhas aéreas na bagagem, Clarke está acostumado com as platéias gigantes (já tocou nos festivais Homelands, Glastonbury, Creamfields...) e minúsculas, em clubes intimistas. "As duas situações são igualmente importantes, as duas têm diferentes pontos bons e ruins. Você não consegue bater a intensidade de um clube pequeno, mas, se um festival contar com um sistema de som com qualidade, aquilo poderá ficar na memória de quem o assistiu."
E Clarke é crítico quanto a alguns DJs veteranos que puxam seus cachês para o alto, apesar de considerá-los estagnados criativamente. "O que está acontecendo deveria ter ocorrido há anos. DJs novos estão surgindo e forçando a qualidade para cima. Os bons "jogadores" continuarão excitando o público."


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