São Paulo, segunda-feira, 16 de abril de 2007

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Crítica

"Fargo" é bom momento dos irmãos Coen

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

A indústria cultural é como um desses deuses primitivos, que exigem sacrifícios de tempos em tempos. Na verdade, a indústria cultural é pior: ela ergue altares a alguns eleitos que, em seguida, serão devorados impiedosamente.
Os casos são inúmeros, e o dos irmãos Coen, Joel e Ethan, é apenas um dos mais recentes. Há dez anos, quando "Fargo" (AXN, 22h e 3h) era um filme recente, lembrar que havia neste mundo histórias policiais mais bem urdidas e originais era quase uma ofensa. Hoje, os irmãos estão quase esquecidos.
Talvez haja exagero em ambos os momentos. Os Coen não são nenhum fenômeno, mas têm lá seus momentos, e "Fargo", com Frances McDormand compondo a mulher policial grávida (e sempre com sentido profissional) é um dos melhores personagens (e menos espalhafatosos) criados pelos Coen.
Bem secundado pelo "vilão" criado pelo ator William H. Macy. A ambientação, num inverno gelado, é precisa e ajuda bem.


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