São Paulo, quarta-feira, 16 de abril de 2008

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Babalaô na Bahia e doutor na Sorbonne

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Pierre Edouard Leopold Verger nasceu em Paris, em 4 de novembro de 1902, filho de uma abastada família de origem belga e alemã.
Em 1932, aprendeu a fotografar e adquiriu uma Rolleiflex. Com a morte de sua mãe, último parente direto vivo, decidiu viajar pelo mundo: "A sensação de que existia um vasto mundo não me saía da cabeça e o desejo de ir vê-lo me levava em direção a outros horizontes", escreveu em suas anotações.
Circulou pelos quatro continentes até chegar à Bahia, onde decidiu se fixar. O ano era 1946 e a Europa vivia as agruras do pós-guerra. Passou, a partir daí, a dedicar sua vida ao estudo da instigante e complexa relação existente entre a África e a Bahia.
Por meio de fotografias e escritos, realizou um extenso trabalho etnológico voltado principalmente para as religiões afro-brasileiras.
O reconhecimento de seu trabalho lhe valeu o título de doutor em etnologia pela Universidade de Paris, Sorbonne, mesmo tendo abandonado os estudos formais aos 17 anos. Mais tarde, ganhou o título de babalaô (o pai do segredo, em iorubá) no candomblé, no qual foi rebatizado com o nome de Fatumbi.
Seu acervo fotográfico conta com cerca de 65 mil negativos e está sob a guarda da Fundação Pierre Verger, fundada pelo próprio em 1988, oito anos antes de sua morte. (EC)


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