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VINHO
Pequena região italiana produz bons brancos
JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA
Não deve causar estranheza que boa parte dos sobrenomes do Alto Adige (e algumas das uvas cultivadas lá)
evoque origens germânicas.
Afinal, esse canto vitivinícola do nordeste da Itália,
encravado entre a Lombardia e o Vêneto, faz fronteira
com a Suíça e a Áustria e já
pertenceu aos domínios deste último país.
A região pode ser considerada pequena no mapa dos
goles italianos. Tem apenas
cerca de 5.000 hectares de
vinhas que orbitam em torno da cidade de Bolzano, seu
principal centro.
É precisamente ao sul dela, em Termeno, às margens
do rio Adige, que está a cantina dos Walch, uma tradicional família de viticultores do
lugar, cujos vinhos acabaram
de aportar por aqui.
A estreia da casa conta
com dois rótulos, Wilhelm
Walch e Elena Walch. Na
primeira ala, menção para o
Prendo 2005, um pinot noir
com aroma típico da cepa
(frutas vermelhas, couro, leve canela), equilibrado, longo e, ainda por cima, com
prática tampa à rosca (88/
100, R$ 85,30).
Já entre os Elena Walch
há também tintos, mas os
destaques aqui foram dois
brancos 2007, o Müllerthurgau, de paladar vivaz e exótico (frutas brancas, arruda,
leve pitanga, 89/100, R$
83,20), e o Gewürztraminer,
complexo, intenso e persistente, mesclando peras e
pêssegos com pinceladas florais (90/100, R$ 114,25, na
Decanter, tel. 0/xx/11/3073-0500).
BOM E BARATO
SUGESTÃO ATÉ R$ 40
IL SEGRETO CABERNET
SAUVIGNON ROBLE 2005
Avaliação: 84/100
Bom para: churrascos,
embutidos
Preço: R$ 20,20
Onde: Emporium SP, tel.
0/xx/11/3848-3700
RUBRO REDONDO
Este tinto argentino agrada pelo sabor, que combina
fruta e geleias com toques de
madeira, num paladar macio, com taninos finos.
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