São Paulo, quinta-feira, 16 de abril de 2009

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TELEVISÃO

Crítica

Belmondo faz prova de fé em "Leon Morin"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Jean-Pierre Melville não se chamava Melville, mas Grunbach. Adotou o nome em homenagem ao autor de "Moby Dick". Foi, de todos os cineastas, o que mais filmou à americana, isto é, direto, sem retórica, com capacidade de captar os detalhes do cotidiano.
Seu "Leon Morin, Padre" (TV5 Monde, 20h30, classificação indicativa não informada) é, no entanto, uma espécie de contraprova de como seus filmes eram muito franceses em sua essência, isto é, não poderiam ser senão franceses, ainda que abordem esse universo policial tão a gosto do cinema americano.
Em "Leon Morin", as coisas mudam um pouco, pois a trama gira em torno da jovem Barny (Emmanuelle Riva), que, embora não seja crente, apaixona-se pelo padre de uma cidade interiorana.
Talvez não fosse de estranhar, já que o padre é Jean-Paul Belmondo. O fato é que estamos aqui nesse terreno tão caro às letras francesas, que é a prova de fé.


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