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TELEVISÃO
Crítica
Belmondo faz prova de fé em "Leon Morin"
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Jean-Pierre Melville não se
chamava Melville, mas Grunbach. Adotou o nome em homenagem ao autor de "Moby
Dick". Foi, de todos os cineastas, o que mais filmou à americana, isto é, direto, sem retórica, com capacidade de captar os
detalhes do cotidiano.
Seu "Leon Morin, Padre"
(TV5 Monde, 20h30, classificação indicativa não informada)
é, no entanto, uma espécie de
contraprova de como seus filmes eram muito franceses em
sua essência, isto é, não
poderiam ser senão franceses,
ainda que abordem esse universo policial tão a gosto do cinema americano.
Em "Leon Morin", as coisas
mudam um pouco, pois a trama gira em torno da jovem
Barny (Emmanuelle Riva),
que, embora não seja crente,
apaixona-se pelo padre de uma
cidade interiorana.
Talvez não fosse de estranhar, já que o padre é Jean-Paul Belmondo. O fato é que
estamos aqui nesse terreno tão
caro às letras francesas, que é a
prova de fé.
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