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Júri vai privilegiar histórias
DO ENVIADO A CANNES
O boicote a Cannes proposto
pelo Conselho Judaico Americano também foi condenado pela
atriz Sharon Stone, que participa
do júri do festival. "Este é um lugar em que quero estar e não vou
boicotar", disse, ontem, em entrevista no Palácio dos Festivais.
O júri é presidido por David
Lynch e tem a presença de um
brasileiro, Walter Salles. Conta
ainda com Raoul Ruiz, Régis
Wargnier, Claude Miller, Bille
August, Christine Hakim e Michelle Yeoh.
Lynch não quis expor quais serão as regras do grupo para julgar
os 22 filmes que concorrem a
Cannes. Disse apenas que a história dos filmes e a maneira de contá-la dos diretores terá papel importante na avaliação do júri. E
assegurou: "Vou providenciar
boas discussões, mas também
bom café e boa comida".
Uma celebração quase unânime
do festival foi feita pelos jurados.
"Ele transforma minha fantasia
em realidade", disse Stone.
Em termos de confusão entre
fantasia e realidade, Stone estará
bem provida, tendo ao lado dois
diretores que lidam com os limites da linguagem e da percepção
-Lynch e Raoul Ruiz.
"Vim tantas vezes a Cannes, que
tenho a impressão que moro aqui
e que vou ao exterior de tempos
em tempos para filmar", disse
Ruiz, num jogo irônico. Ele comparou o cinema atual com o dos
anos 70, quando compareceu pela
primeira vez a Cannes. "Mas não
se pode ser nostálgico."
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