São Paulo, quinta-feira, 16 de maio de 2002

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Júri vai privilegiar histórias

DO ENVIADO A CANNES

O boicote a Cannes proposto pelo Conselho Judaico Americano também foi condenado pela atriz Sharon Stone, que participa do júri do festival. "Este é um lugar em que quero estar e não vou boicotar", disse, ontem, em entrevista no Palácio dos Festivais.
O júri é presidido por David Lynch e tem a presença de um brasileiro, Walter Salles. Conta ainda com Raoul Ruiz, Régis Wargnier, Claude Miller, Bille August, Christine Hakim e Michelle Yeoh.
Lynch não quis expor quais serão as regras do grupo para julgar os 22 filmes que concorrem a Cannes. Disse apenas que a história dos filmes e a maneira de contá-la dos diretores terá papel importante na avaliação do júri. E assegurou: "Vou providenciar boas discussões, mas também bom café e boa comida".
Uma celebração quase unânime do festival foi feita pelos jurados. "Ele transforma minha fantasia em realidade", disse Stone.
Em termos de confusão entre fantasia e realidade, Stone estará bem provida, tendo ao lado dois diretores que lidam com os limites da linguagem e da percepção -Lynch e Raoul Ruiz.
"Vim tantas vezes a Cannes, que tenho a impressão que moro aqui e que vou ao exterior de tempos em tempos para filmar", disse Ruiz, num jogo irônico. Ele comparou o cinema atual com o dos anos 70, quando compareceu pela primeira vez a Cannes. "Mas não se pode ser nostálgico."


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