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Ministro da Cultura inaugura Bienal do Rio e atrai multidão
Gil pede política que barateie livros
CASSIANO ELEK MACHADO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
Não foi de um escritor a presença mais marcante no primeiro dia
da Bienal do Livro do Rio, que começou ontem no Riocentro. Gilberto Gil roubou o show. Em visita pelo evento, o ministro da Cultura puxou consigo uma multidão que incluía desde a drag
queen Isabelita dos Patins até o vice-ministro de Cultura da Itália,
Nicola Bono.
Ouviu um coral de senhoras,
que cantaram seu tema "A Paz",
interagiu com uma dupla de repentistas, visitou estandes e deu
autógrafos até em livros de outros
autores. Na abertura oficial do
evento, onde dividiu o palco com
Cristovam Buarque, ministro da
Educação, e com a governadora
do Rio, Rosinha Matheus, ele não
teve o mesmo realce.
Concentrou-se na manifestação, diante de editores, do interesse em uma "política industrial"
que barateie os livros brasileiros.
Não é o único "barateamento"
em sua mira. Em entrevista à Folha, ontem, voltou a defender enxugamentos no "Frankenstein"
chamado Ministério da Cultura.
Um dia após sua ida ao Congresso, para pedir a quintuplicação de suas verbas, o ministro disse que o fortalecimento do MinC
começa em cerca de dois meses
com a eliminação de todos os
"sombreamentos" do órgão.
O formato deverá ser o de superintendências, não mais institutos, como o Instituto Nacional do
Livro e Leitura, que estava sendo
tocado pelo poeta Waly Salomão,
que teve sua morte recente lembrada na abertura oficial -o ministro disse que o atual presidente
da Biblioteca Nacional, Pedro
Corrêa do Lago, acumula por ora
essas funções.
Sobre outra "centralização", a
da política de patrocínios culturais estatais, Gil disse ter sido "um
problema de comunicação" da
Secom -a Secretaria de Comunicação do Governo. "Se as diretrizes de algumas estatais, especialmente da Eletrobrás, tivessem sido discutidas, provavelmente não haveria isso."
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