São Paulo, terça-feira, 16 de maio de 2006

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"Viva la muerte", isto é, a eutanásia

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O que todo mundo fala de "Mar Adentro" (TC Premium, 19h40) é, antes de mais nada, do ator, Javier Bardem. É verdade que não deve ser mole interpretar um homem que, imóvel, tenta obter o direito de morrer.
Mas, convenhamos, nós todo ano criticamos a mania de Hollywood de dar o Oscar a atores que tenham feito papéis de inválidos. Na hora do espanhol, seguimos o mesmo caminho.
Dito isso, essa discussão sobre eutanásia é inútil, porque esbarra em convicções profundas mas também em larga medida irracionais (vale dizer: não se cede muito a argumentos).
Mais do que tudo, porém, este filme do cineasta Alejandro Amenábar nos fala da atração da Espanha pela morte. Ela é freqüente em seu cinema, mas poucas vezes convincente.


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