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"Viva la muerte", isto é, a eutanásia
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
O que todo mundo fala de
"Mar Adentro" (TC Premium, 19h40) é, antes de
mais nada, do ator, Javier
Bardem. É verdade que não
deve ser mole interpretar
um homem que, imóvel,
tenta obter o direito de
morrer.
Mas, convenhamos, nós
todo ano criticamos a mania de Hollywood de dar o
Oscar a atores que tenham
feito papéis de inválidos. Na
hora do espanhol, seguimos
o mesmo caminho.
Dito isso, essa discussão
sobre eutanásia é inútil,
porque esbarra em convicções profundas mas também em larga medida irracionais (vale dizer: não se
cede muito a argumentos).
Mais do que tudo, porém,
este filme do cineasta Alejandro Amenábar nos fala
da atração da Espanha pela
morte. Ela é freqüente em
seu cinema, mas poucas vezes convincente.
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