São Paulo, quarta-feira, 16 de junho de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CRÍTICA POP

George Israel escolhe parceiros errados para regravar parcerias com Cazuza

DE SÃO PAULO

Dá vontade de gostar de um novo disco de George Israel. O cara é boa-praça, tem muito crédito pela usina de hits que é o Kid Abelha, toca muito. Por tudo isso é que essa coleção de parcerias dele com Cazuza frustra bastante.
Que as letras são boas todo mundo concorda. Mas até nos momentos mais geniais o poeta George derrapa em arranjos equivocados e na má escolha de convidados.
"Brasil", o maior sucesso da parceria, já foi genial com Gal Costa, boa com Cazuza e muito bacana no MTV acústico do Kid Abelha. Agora, ficou óbvia e exagerada com Marcelo D2 e Elza Soares.
Outra das mais conhecidas, "Burguesia", ganhou uma participação tão "densa" do detonauta Tico Santa Cruz que beira o constrangimento. Seu vocal empostado cantando "Sou burguês, mas sou artista/ Estou do lado do povo" chega ao risível.
Embora em "4 Letras" Ney Matogrosso esteja sensacional como sempre, é pouco para justificar o álbum. Legítimo coautor de músicas boas, George Israel pode gravá-las com quem quiser. Só não dá vontade de ouvir.
(THALES DE MENEZES)


GEORGE ISRAEL CANTA CAZUZA

ARTISTA George Israel
LANÇAMENTO Universal Music
QUANTO R$ 26, em média
AVALIAÇÃO ruim



Texto Anterior: Música: Crítica/Rock: Disco traz Capital Inicial em versão poderosa e poética
Próximo Texto: CDs
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.