São Paulo, domingo, 16 de julho de 2006

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Filmes

Pequenos Espiões    Globo, 13h05. (Spy Kids). EUA, 2001, 88 min. Direção: Robert Rodriguez. Com Antonio Banderas, Teri Hatcher, Carla Gugino. Com os pais seqüestrados, os dois filhos de um casal de espiões têm de juntar as informações que têm e entrar também eles no mundo da espionagem, a fim de resgatá-los. Ou seja, muito pouco.

Como Cães e Gatos   SBT, 14h. (Cats and Dogs). EUA, 2001, 87 min. Direção: Lawrence Guterman. Com Jeff Goldblum, Elizabeth Perkins. Comédia infantil em que cães e gatos disputam o afeto de humanos, disputa mediada por uma tecnologia onipresente, mas, a rigor, inútil. Estritamente infantil.

O Exterminador do Futuro 2     Record, 20h30. (Terminator 2 - Judgement Day). EUA, 1991, 136 min. Direção: James Cameron. Com Arnold Schwarzenegger, Linda Hamilton, Edward Furlong. A saga, como se sabe, diz respeito à tentativa de tiranos do futuro de eliminar o futuro messias, aquele que salvará os homens. No primeiro filme, Arnold era o ciborgue que tentava eliminar a mãe do salvador. Agora, um novo ciborgue, mais moderno, tem a missão. Só tem um problema: desta vez, Arnold está do nosso lado. Mais fraco do que o filme original, embora mais sofisticado em termos de efeitos, por conta dos longos e inúteis duelos entre dois ciborgues indestrutíveis. Ainda assim, acima da média.

A Hora do Rush 2 SBT, 21h. (Rush Hour 2). EUA, 2001. Direção: Brett Ratner. Com Jackie Chan, Chris Tucker, John Lone, Alan King, Roselyn Sanchez. Os detetives Lee (Chan) e James Carter (Tucker) estão em Hong Kong, onde Carter pretende tirar férias. Mas a dupla acaba se vendo forçada a investigar as circunstâncias da explosão de uma bomba na embaixada americana.

Mudança de Código   Globo, 23h30. (The Peacemaker). EUA, 1997, 94 min. Direção: Frederic Forestier. Com Dolph Lundgren. Aviador heróico, mas um tanto porra-louca, recebe a missão de levar a valise com os códigos secretos de acionamento de armas nucleares, de uso exclusivo do presidente dos EUA. Problema: logo ele é atacado por terroristas que lhe roubam a maleta. Recuperá-la será seu problema. Cair fora, o nosso.

Vidas Perdidas SBT, 0h30. (Wasted). EUA/Canadá, 2002. Direção: Stephen Kay. Com Nick Stahl, Summer Phoenix, Aardn Paul. Documentário que acompanha a trajetória de três amigos de infância texanos que se envolvem com drogas.

Um Rosto sem Passado    Bandeirantes, 1h. (Johnny Handsome). EUA, 1989, 94 min. Direção: Walter Hill. Com Mickey Rourke, Ellen Barkin, Morgan Freeman. Depois de ser traído por dois companheiros de crime, ladrão que tem o rosto desfigurado (Rourke) decide ir atrás dos traidores que, no mais, têm culpa pela morte de um amigo seu.

Ilha do Medo SBT, 2h30. (Dark Harbor). EUA, 1998. Direção: Adam Coleman Howard. Com Alan Rickman, Polly Walker, Norman Reedus, Janet Mecca, Lewis Flagg. O encontro de um casal com um jovem misterioso, em meio a uma chuva torrencial, revela as fragilidades da relação do par. Só para São Paulo.

Interzone SBT, 4h15. (Interzone). EUA, 1989. Direção: Deran Sarafian. Com Bruce Abbot, Beatrice Ring, Teagan Clive, John Armstead. O título faz referência a um terreno radiativo que supostamente guarda o segredo da vida. É essa área que o guerreiro Swan se propõe a salvar da destruição prometida pela dupla Mantis e Balzakan. Só para São Paulo.

Crítica

Humor de Truffaut desafia tensão de 68

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Parece brincadeira pensar que "Beijos Proibidos" (Telecine Cult, 22h) não foi uma unanimidade, quando de seu lançamento original, em 1968.
Naquele ano cheio de gravidade, pareciam um tanto burguesas as aventuras amorosas do jovem Antoine Doinel, tal como relatadas por François Truffaut. Ele já não ostentava aquela revolta infantil de "Os Incompreendidos", o primeiro filme do cineasta. Para falar a verdade, não ostentava nem mesmo o branco-e-preto: é de cores vivas, alegres, leves que se faz essa comédia.
Mas assim são os bons filmes. Quase 40 anos depois, "Beijos Proibidos" está intacto, novíssimo. A narrativa parece, hoje, mais moderna (é verdade: o cinema se academicizou). Sua dinâmica não vem do uso descompensado do corte, mas das inquietações do personagem.
E da necessidade, claro, que o faz a horas tantas transformar-se em detetive particular e perambular por Paris com bela incompetência profissional. Da mesma forma, ele baterá com a cabeça na parede, perdido entre sua amada e a família desta. E, não sem ousadia, seduzirá até a senhora de linda voz que o obceca (Delphine Seyrig).
Enfim, aí está Antoine, personagem à imagem de François Truffaut, representado por seu alter-ego, Jean-Pierre Léaud, num desses filmes em que se percebe a alegria de Truffaut de estar rodando. "Beijos Proibidos" hoje carrega, em grande medida, a imagem de 68. Havia humor em meio à gravidade.


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