São Paulo, domingo, 16 de setembro de 2007

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Mônica Bergamo

@ - bergamo@folhasp.com.br

Divulgação
Daniella Sarahyba e Wolff Klabin

Quem casa quer casa

A ponte-aérea Rio-São Paulo, com escala em Brasília, balançou este mês com o enlace de noivos de algumas das famílias mais ricas do país, como Jereissati e Klabin - e até do mundo, como os Ermírio de Moraes e os Sicupira, sobrenomes brasileiros que estão na lista dos bilionários do globo da revista americana "Forbes".

 

E como presentear Cecília Sicupira, filha de Carlos Sicupira, da AmBev (US$ 2 bilhões e 488º bilionário do mundo, pela "Forbes"), que se casou ontem com André Giusti e recebeu os convidados com 700 garrafas de Dom Pérignon, a maior compra da bebida já feita no Brasil? Ou Renata Queiróz e o empresário José Ermírio de Moraes, que se casaram há duas semanas (ele, de família com patrimônio de US$ 3,9 bi, segundo a "Forbes")?

 

Os melhores presentes não estão em lista e são sempre os dos padrinhos -Ana Maria Braga, por exemplo, deu aos afilhados Luciano Huck e Angélica uma TV de plasma de R$ 30 mil em 2004. Na loja Mickey, um lustre de cristais Lalique custa R$ 140 mil. Outras vedetes são o jogo de porcelana Spode, com 86 peças, que sai por R$ 86 mil, e um jogo de copos, com 60 peças banhadas a ouro. Preço: R$ 85.345.

 

A coluna xeretou também as listas de presentes, digamos, "normais" dos casamentos de Daniela Sarahyba e Wolff Klabin, Cecília Sicupira e André Giusti, Renata Queiróz e José Ermírio de Moraes, Paulo Bornhausen e Ana Paula Silva (que se casaram este mês), Marcus Buaiz e Wanessa Camargo (casados há quatro meses) e Marcelo de Carvalho e Luciana Gimenez (casados há um ano).

 

O bule de prata Christofle, de R$ 2.520, e o açucareiro, de R$ 1.410, são itens obrigatórios em quase todas as listas. O balde isotérmico Alaska para gelo, de R$ 2.510, foi pedido tanto por Renata e José Ermírio de Moraes quanto por Daniella Sarahyba e Wolff Klabin.

 

Renata e José Ermírio listaram ainda o copo de água Adele Melikoff, da marca tcheca Moser, que na lista que deixaram na Daslu custava R$ 3.518, e um castiçal Zelda (R$ 4.490), que também está na lista de Cecília e André. Daniella Sarahyba e Wolff Klabin pediram também uma máquina de café expresso de R$ 3.038.

 

Marcelo de Carvalho, da Rede TV!, e Luciana Gimenez pediram, entre outras coisas, um cinzeiro de cristal da Baccarat, para charutos, que custa R$ 2.400. Wanessa Camargo e Marcus Buaiz listaram objetos como uma travessa de porcelana Wildberries, de R$ 1.236.

 

A Daslu tem lista, este mês, de mais de 30 casamentos; a Mickey, uma das maiores do setor, tem 300. Mas nem todas as listas são AA, como são classificadas aquelas cujos valores dos presentes, somados, chegam a R$ 300 mil. "São umas cinco por ano", diz Paulo Cimerman, diretor da Mickey."

 

Nem sempre as listas fizeram sucesso. "No início, as pessoas rejeitavam. Achavam que poderia parecer uma imposição", diz Samuel Cimerman, o "Seu Mickey", fundador da Mickey. Ele começou a trabalhar com listas em 1960, depois de ver a idéia em uma loja de Paris. "Com o tempo, as pessoas foram percebendo que era só um direcionamento, uma maneira de facilitar na hora da compra".

 

As marcas mais tradicionais das listas de casamento são as associados às cortes européias, diz Célia Campiglia, da Daslu Casa. A francesa Christofle existe desde 1830 e forneceu a prataria de boa parte dos castelos da Europa.

 

A Baccarat, criada na França, em 1764, fabrica "o cristal da realeza". Eles já criaram peças para os marajás do Rajastão e para o czar Nicolau II -que, segundo reza a lenda, sempre que terminava de beber em um de seus copos Baccarat jogava-o por cima do ombro. Não queria que outro mortal bebesse onde ele bebeu. Já a tcheca Moser é "a preferida da rainha Vitória", segundo a gerente da Daslu.


reportagem GUILHERME RAVACHE


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