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Oiticica é maltratado
da Reportagem Local
Bólides, parangolés, relevos neoconcretos, fotografias de operação contra-bólide. Tem de tudo de Hélio
Oiticica (1937-1980) nesta
Bienal, mas se o espectador
não conhece a produção do
artista carioca, talvez não fique conhecendo, já que, em
muitos casos, as preocupações didáticas do evento
passaram longe do artista.
Os parangolés, por exemplo, capas, estandartes ou
bandeiras que devem ser
carregados ou vestidos pelo
"espectador-participante",
carecem de identificação e
de uma sugestão, como "experimente" ou "use", de
preferência em português e
inglês, para que sejam usados e se tornem obras realmente. E a Bienal teve o cuidado de fazer reproduções
dos parangolés para que
fossem manuseados.
A desatenção com Oiticica continua na sala Monocromos, onde dois relevos
neoconcretos e o bólide-caixa "Cara de Cavalo"
também não são identificados. Isso porque Oiticica é
um dos artistas basilares do
evento. Imagine se não fosse.
(CF)
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