São Paulo, sexta, 16 de outubro de 1998

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Oiticica é maltratado

da Reportagem Local

Bólides, parangolés, relevos neoconcretos, fotografias de operação contra-bólide. Tem de tudo de Hélio Oiticica (1937-1980) nesta Bienal, mas se o espectador não conhece a produção do artista carioca, talvez não fique conhecendo, já que, em muitos casos, as preocupações didáticas do evento passaram longe do artista.
Os parangolés, por exemplo, capas, estandartes ou bandeiras que devem ser carregados ou vestidos pelo "espectador-participante", carecem de identificação e de uma sugestão, como "experimente" ou "use", de preferência em português e inglês, para que sejam usados e se tornem obras realmente. E a Bienal teve o cuidado de fazer reproduções dos parangolés para que fossem manuseados.
A desatenção com Oiticica continua na sala Monocromos, onde dois relevos neoconcretos e o bólide-caixa "Cara de Cavalo" também não são identificados. Isso porque Oiticica é um dos artistas basilares do evento. Imagine se não fosse. (CF)

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