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Filme provoca e foge do trivial
ESPECIAL PARA A FOLHA
Fazer o feitiço virar contra o feiticeiro. Essa é a proposta dos realizadores do documentário "Tião
Nunes in Provocaçam", de 15 minutos, dirigido por Cristiane Zago
e Rodolfo Magalhães. "Fizemos
algo mais próximo do trabalho do
Tião, queríamos chegar perto da
linguagem dele", diz a roteirista,
Anna Flávia Salles. E a linguagem
do escritor é "desobedecer".
Evitaram o trivial. "Não sei fazer
um vídeo com depoimentos de
pessoas avalizando o trabalho de
alguém. A opção foi apontar a câmera para o Tião, relê-lo e provocar. Uma provocação direcionada
aos espectadores e ao próprio
Tião. Ele é um sátiro multimídia",
diz Anna Flávia. "Com mimeógrafo e xerox, ele já fazia nos anos
70 o que o digital possibilita fazer
hoje, que é a leitura desinibida de
todos os formatos."
O trabalho foi aprovado pelo
Fundo de Projetos Culturais da
Prefeitura de Belo Horizonte ao
custo de R$ 19.422, segundo os
realizadores. A equipe é também
formada por Merry Couto e pelos
responsáveis pela criação musical, Gil Amâncio e Ricardo Aleixo.
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