São Paulo, sábado, 16 de dezembro de 2000

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Filme provoca e foge do trivial



ESPECIAL PARA A FOLHA

Fazer o feitiço virar contra o feiticeiro. Essa é a proposta dos realizadores do documentário "Tião Nunes in Provocaçam", de 15 minutos, dirigido por Cristiane Zago e Rodolfo Magalhães. "Fizemos algo mais próximo do trabalho do Tião, queríamos chegar perto da linguagem dele", diz a roteirista, Anna Flávia Salles. E a linguagem do escritor é "desobedecer".
Evitaram o trivial. "Não sei fazer um vídeo com depoimentos de pessoas avalizando o trabalho de alguém. A opção foi apontar a câmera para o Tião, relê-lo e provocar. Uma provocação direcionada aos espectadores e ao próprio Tião. Ele é um sátiro multimídia", diz Anna Flávia. "Com mimeógrafo e xerox, ele já fazia nos anos 70 o que o digital possibilita fazer hoje, que é a leitura desinibida de todos os formatos."
O trabalho foi aprovado pelo Fundo de Projetos Culturais da Prefeitura de Belo Horizonte ao custo de R$ 19.422, segundo os realizadores. A equipe é também formada por Merry Couto e pelos responsáveis pela criação musical, Gil Amâncio e Ricardo Aleixo.


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