São Paulo, sábado, 16 de dezembro de 2000 |
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ARTES PLÁSTICAS Mostra começa no dia 24 de maio de 2001 com destaque para a produção contemporânea brasileira Bienal celebra 50 anos de olho no futuro < FABIO CYPRIANO DA REPORTAGEM LOCAL Superadas as polêmicas que envolveram a Fundação Bienal neste ano, a instituição já esquenta as turbinas para o grande evento que vai organizar no ano que vem. Está pronto o projeto de comemoração dos 50 anos das bienais de São Paulo, que começa no dia 24 de maio de 2001 e vai até 29 de julho. Entretanto a mostra não irá se concentrar no passado. "Não olhamos para trás, a visão geral é para a frente", conta Pieter Tjabbes, um dos coordenadores do evento. A exposição será dividida em três núcleos, e o principal deles será dedicado à produção de arte contemporânea brasileira, a partir do tema "A Megalópole e Seu Cotidiano". A proposta pode servir como ensaio para a 25ª Bienal, em 2002, pois o tema escolhido pelo curador Alfons Hug é "Iconografias Metropolitanas". "De fato pretendemos fazer uma abordagem que Hug já anunciou para a 25ª Bienal, que é o caráter interdisciplinar da integração de áreas que em geral não se misturam, como artes plásticas, arquitetura e design", diz Tjabbes. Mas o coordenador aponta uma diferença nas mostras: "A nossa vai priorizar a discussão da produção artística brasileira na relação centro-periferia". Para tanto, já foram convidados 30 artistas plásticos, 12 arquitetos e nove designers. Todos estão preparando projetos que serão aprovados até janeiro, e então os nomes serão selecionados. "Convidamos não só artistas paulistas, mas também do Rio, de Salvador e de Recife. A idéia não é abordar apenas a produção de São Paulo", diz Tjabbes. Além do núcleo de arte contemporânea, a mostra irá apresentar um núcleo em homenagem a Ciccillo Matarazzo, que organizou a primeira Bienal de São Paulo, em 1951, e um núcleo com o acervo do Museu de Arte Contemporânea da USP, que também teve início por iniciativa de Matarazzo. Outras iniciativas previstas para a comemoração são a produção de um livro sobre os 50 anos da Bienal, com coordenação do curador Agnaldo Farias, e o seminário "A Arte do Novo Século". Segundo Tjabbes, o orçamento previsto para toda a programação do evento é de R$ 4 milhões. A mostra vai ocupar apenas o terceiro andar do pavilhão da Bienal no parque Ibirapuera. Texto Anterior: Drauzio Varella: O acaso da criação Próximo Texto: A mostra Índice |
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