São Paulo, quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

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CONEXÃO POP

Batidão global


Cumbia, dancehall, batidões e dubstep animam o novo pop globalizado e sem regionalismos


THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL

ELA NÃO foi a primeira, mas a anglo-cingalesa M.I.A. mostrou em 2007 que world music pode ser algo muito mais empolgante e globalizado do que regionalismos domesticados com criminosa condescendência.
Em 2007, M.I.A. lançou "Kala", álbum em que transformava bhangra, funk, electro, reggae em algo único e original -em 2010, há poucos discos que espero com tanta expectativa como o terceiro de M.I.A., em que ela continuará sendo ajudada por produtores como Switch e Diplo.
Olhe para todos os lados e você verá música interessante sendo produzida. Pela dica de um amigo, cheguei no coletivo inglês Heat Wave.
Eles começaram há pouco tempo organizando uma noite mensal em um clube de Londres.
O foco dos caras é o dancehall, mas eles eletrificam as pistas com batidões impensáveis. Muito longe da onda electro rock ou dos hits fáceis.
Sucesso. Passaram a produzir faixas, remixar outras pessoas e tocar pelo mundo. Receberam elogios de gente como Rob da Bank, um dos DJs mais legais da Radio 1, da antenada "Time Out" e até da dinossáurica revista "Q".
Quer conhecer e ouvir a Heat Wave? Comece por aqui: www.theheatwave.co.uk.

 

Um dos clipes mais legais hoje é o da faixa "Dansa Med Vapen", da banda sueca Maskinen. Com vocais (em português) da Marina Ribatzki. Dá para achar fácil no YouTube. Batidão sueco com vocal em português?

 

Se me perguntarem quais as coisas mais legais que eu ouvi em 2009, terei que arrumar espaço para falar do coletivo argentino Zizek (em homenagem ao filósofo esloveno de esquerda). Esse trio foi buscar na cumbia, ritmo bem popular na Argentina e na Colômbia, as bases para criar faixas tão explosivas quanto o funk carioca. Eles e os amigos Fauna já tocaram em São Paulo. Veja se eu estou enganado: www.zzkclub.com.

 

Funk carioca? Dá para chamar o que o carioca Sanny Pitbull faz de funk carioca?
Sanny metralha seu sampler com batidas gordas apoiadas em elementos da house, do rock e do electro. Não importa se você chamar de neo-funk, de pós-funk ou do que for; uma festa com Sanny Pitbull terá a temperatura lá em cima.
E tem festa com Sanny Pitbull em São Paulo, nesta sexta-feira, no Bar Secreto.

 

Antes, amanhã, tem a inauguração de uma festa em que, pelo que vi no flyer, deve tocar muito do que está nesta coluna.
Batizada de Suriname (nome muito bom!), promete ter como trilha "beats tropicais", "grooves" e "dubstep". A Suriname rola no Neu (www.neuclub.com.br). A partir das 23h; ingresso: R$ 10.

thiago.ney@uol.com.br


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