JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA

Mesmo que seu tão anunciado boom não tenha acontecido, os vinhos rosados têm tudo para dar certo, especialmente nestes dias de calor. Eles unem a leveza e o frescor cítrico dos vinhos brancos com as deliciosas frutas vermelhas dos tintos, num conjunto ligeiro, sem a estrutura robusta dos goles rubros, às vezes pesada para as temperaturas e as comidas da estação.
As adegas nacionais lançaram alguns desses vinhos. Uma delas é a Perini, de Farroupilha (RS), dona de uma linha de vinhos finos à qual pertence o Casa Perini Merlot/Cabernet Franc 2007, um rosé atraente, de paladar vivaz, marcado por framboesa e suave limão (85/100, R$ 18,50, Empório Narciso, tel. 0/xx/11/3338-1813).
Os chilenos têm também exemplares interessantes, como o Gran Hacienda Shiraz 2007, da Santa Rita, uma das adegas de ponta do país. Agrada pelo perfume frutado intenso (cerejas) e o sabor equilibrado, com boa acidez (86/100, R$ 32, na Grand Cru, tel. 0/xx/11/ 3062-6388).
O melhor rosé provado, porém, veio de mais longe, da Austrália: o Oxford Landing Cabernet 2006, uma novidade da Yalumba, casa que assina grandes tintos da terra dos cangurus, como o Octavius. Rico no aroma e no sabor (groselhas, morangos), mostra paladar com fruta densa que perdura por longo tempo na boca (88/100, R$ 61, na KMM, tel. 0/xx/11/ 3819-4020).


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