São Paulo, quinta-feira, 17 de abril de 2008

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Crítica

Desequilíbrio marca entrevistas de "Babilônia"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Se "Babilônia 2000" (Canal Brasil, 19h17) é o trabalho menos importante do mais importante dos cineastas brasileiros das últimas duas décadas, isso acontece, em parte, devido à ambição do projeto.
Tratava-se de documentar a passagem do ano 1999 para o 2000 (ou do 2000 para o 2001?; de todo modo, é indiferente) em mais de um lugar do Rio de Janeiro. Como o tempo não volta atrás, era preciso ter equipes independentes filmando. E, como a Coutinho não foi dado o dom da ubiqüidade, existe um evidente desequilíbrio entre as entrevistas que faz pessoalmente e as demais.
Entrevistar, ou seja, conquistar a confiança das pessoas, levá-las a dizer coisas interessantes, é uma arte complicada que Coutinho domina como poucos. Seus assistentes o observam no trabalho, o que não é irrelevante. Mais difícil é captar a arte do cineasta, de que a entrevista é apenas uma parte. Filmar é mais do que isso. É mais do que colocar a câmera. Mas isso já é outra história.


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