São Paulo, quinta-feira, 17 de maio de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

"Inevitáveis", continuações vêm acompanhadas de risco

FREE-LANCE PARA A FOLHA, EM LOS ANGELES

"Continuações são inevitáveis e aposta garantida, mas elas não vêm sem risco, nem à custa de um projeto original", disse à Folha Thomas Castaneda, vice-presidente de marketing internacional da Universal, estúdio responsável por três sequências neste verão americano ("American Pie 2", "O Retorno da Múmia" e "Parque dos Dinossauros 3"). "Mas promover a "parte dois" é tarefa mais simples do que lançar algo novo, porque a continuação já tem consumidores potenciais."
Castaneda reconhece que o número que vem depois do título não é tão importante quanto o nome que está abaixo dele. "Spielberg, por exemplo, é um minimizador de risco. Com um nome como o dele, o investimento é líquido e certo." Spielberg dirigiu os primeiros "Parque dos Dinossauros", duas das maiores bilheterias da história, e trabalhou como produtor-executivo no terceiro.
"Sabemos se uma sequência é viável já no fim de semana do lançamento." Mas Castaneda acha enganadora a idéia de que continuações são aprovadas por minimizarem riscos. "Estúdios minimizam riscos co-produzindo filmes, mas não gastando milhões em algo já feito." Para Stephen Sommers, roteirista e diretor de "A Múmia", a continuação é um projeto de alto risco porque, além de fracassar, pode comprometer o original. "Quando percebi, havia criado uma marca, e qualquer deslize poderia comprometê-la."

Texto Anterior: História sem fim
Próximo Texto: Cinema: "Remake" é forma de indústria minimizar risco
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.