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"Inevitáveis", continuações vêm acompanhadas de risco
FREE-LANCE PARA A FOLHA, EM LOS ANGELES
"Continuações são inevitáveis e
aposta garantida, mas elas não
vêm sem risco, nem à custa de um
projeto original", disse à Folha
Thomas Castaneda, vice-presidente de marketing internacional
da Universal, estúdio responsável
por três sequências neste verão
americano ("American Pie 2", "O
Retorno da Múmia" e "Parque
dos Dinossauros 3"). "Mas promover a "parte dois" é tarefa mais
simples do que lançar algo novo,
porque a continuação já tem consumidores potenciais."
Castaneda reconhece que o número que vem depois do título
não é tão importante quanto o
nome que está abaixo dele. "Spielberg, por exemplo, é um minimizador de risco. Com um nome como o dele, o investimento é líquido e certo." Spielberg dirigiu os
primeiros "Parque dos Dinossauros", duas das maiores bilheterias
da história, e trabalhou como produtor-executivo no terceiro.
"Sabemos se uma sequência é
viável já no fim de semana do lançamento." Mas Castaneda acha
enganadora a idéia de que continuações são aprovadas por minimizarem riscos. "Estúdios minimizam riscos co-produzindo filmes, mas não gastando milhões
em algo já feito." Para Stephen
Sommers, roteirista e diretor de
"A Múmia", a continuação é um
projeto de alto risco porque, além
de fracassar, pode comprometer
o original. "Quando percebi, havia criado uma marca, e qualquer
deslize poderia comprometê-la."
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