São Paulo, sexta-feira, 17 de maio de 2002

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CINEMA/ESTRÉIA

Tramóia hollywoodiana

Divulgação
O ator Tobey Maguire, que vive o super-herói Homem-Aranha no filme dirigido por Sam Raimi, que estréia hoje no Brasil


SÉRGIO DÁVILA
DE NOVA YORK

Engana-se quem acha que os recordes que "Homem-Aranha" vem batendo desde sua estréia nos EUA, no dia 3, são fruto do acaso. A adaptação da HQ para o cinema, que chega hoje a 596 telas do Brasil, é resultado de cuidadosa campanha de marketing que aliou muitos dólares ao sentimento patriota que tomou os EUA depois de 11 de setembro.
Assim, se a Sony gastou US$ 139 milhões na produção do filme, tirou do bolso outros US$ 50 milhões só em publicidade, ou 36% do total. Desde o meio de 2001, a versão em carne e osso do personagem criado por Stan Lee em 1962 tomou trailers, outdoors e páginas de jornais e revistas.
Aí entra em cena outro detalhe importante. Toda a campanha publicitária foi baseada na bem-sucedida promoção de "Batman", de 89 (o filme faturou meio bilhão de dólares até hoje): além da imagem do herói, só entram título e data de estréia, sem slogans.
Além disso, todo o material de marketing traz o herói vestido em seu uniforme oficial, com as cores da bandeira norte-americana, símbolo que também aparecia em trailers e em pelo menos um pôster de divulgação e que se confundia com as propagandas patriotas que tomaram o país.
O resultado? Bilheteria de US$ 225 milhões em 15 dias de exibição nos EUA e diversos recordes: a maior abertura da história (US$ 115 milhões em três dias), o mais rápido a chegar à marca dos US$ 100 milhões (três dias) e o que mais faturou num sábado (US$ 43,7 milhões) e numa sexta (US$ 39,7 milhões) de estréia até agora. Você pode conferir se tudo isso vale a pena a partir de hoje.



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