São Paulo, segunda-feira, 17 de maio de 2010

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Crítica

Diretores exibem seu mundo em filmes de hoje

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Há cineastas que, filme após filme, vão compondo seu próprio mundo.
Goste-se ou não do mais recente "Alice", por exemplo, Tim Burton está inteiro na fantasia que transborda por todos os fotogramas.
Lá está o escritor Lewis Carroll também, pode-se alegar, aliás com toda razão.
Mas, quando a fantasia é outra, ela se harmoniza de modo completo com a de Burton.
Assim, se a Rainha Vermelha de "Alice" ordena "cortem-lhe a cabeça" à menor contrariedade, o barbeiro de "Sweeney Todd" (HBO, 17h50; 16 anos) executará sua clientela, da qual tem pesadas queixas e enorme rancor, e fará isso com requintes de crueldade.
O italiano Nanni Moretti é um cineasta que afirma tanto sua pessoalidade que faz, em um dos episódios de "Caro Diário" (TC Cult, 18h20; 12 anos), um relato do câncer a que sobreviveu.
Já o diretor brasileiro Fernando Meirelles se insere melhor na categoria dos "realizadores", que criam em função dos originais com que trabalham, como em "Ensaio sobre a Cegueira" (TC Pipoca, 23h50; 16 anos).


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