São Paulo, Quinta-feira, 17 de Junho de 1999 |
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ARTES PLÁSTICAS Exposição do MNBA, prevista para maio, continua sem financiamento MAM do Rio consegue patrocínio para mostra de Picasso em julho
CRISTINA GRILLO da Sucursal do Rio A partir do dia 26 de julho, obras produzidas pelo pintor espanhol Pablo Picasso (1881-1973) entre 1937 e 1947 estarão expostas no Rio. O MAM (Museu de Arte Moderna) do Rio fechou a venda de cotas de patrocínio e confirmou a realização da exposição. Desde o final do ano passado, MAM e MNBA (Museu Nacional de Belas Artes) brigavam nos bastidores para conseguir o apoio de patrocinadores para seus projetos de uma grande exposição sobre a obra do artista. A exposição do MAM está orçada em R$ 1,1 milhão, dividido entre as empresas Bradesco Seguros e Telefônica de Espanha. Ela ficará no museu até o dia 7 de setembro. A mostra do MNBA, prevista inicialmente para começar no dia 25 de maio, ainda não conseguiu patrocínio. A exposição do MAM será centrada nos "anos da guerra" -um panorama da produção do artista no período da Segunda Guerra, semelhante ao que foi apresentado no Guggenheim de Nova York no início do ano. De acordo com Maria Regina do Nascimento Brito, diretora do MAM, grande parte das obras a serem expostas virá do Museu Picasso de Paris. Acordo fechado com a instituição francesa prevê o empréstimo de 17 pinturas, três esculturas, 39 desenhos, 65 gravuras e duas matrizes de gravuras em cobre. Do Museu Picasso de Barcelona virá uma pintura. Três museus brasileiros também cederão trabalhos de seus acervos para a exposição: o MAC (Museu de Arte Contemporânea) da USP emprestará três telas; o Masp, outras três; e o Museu da Chácara do Céu (em Santa Teresa, centro do Rio) cederá uma. Maria Regina disse que os organizadores da exposição ainda negociam empréstimos de outros trabalhos de Pablo Picasso com colecionadores particulares. Outra exposição de obras de Picasso, prevista para o final de julho, deverá fechar contrato com patrocinadores na próxima semana. O consulado francês no Rio, que organiza uma exposição de cerâmicas do artista na Casa França-Brasil, negocia com duas empresas. De acordo com o adido cultural do consulado, Marc Pottier, a "situação econômica difícil" do país fez com que houvesse atraso nas negociações. O custo de montagem da exposição (incluindo seguro e transporte das peças) está orçado em R$ 700 mil. As peças -93 cerâmicas e cinco desenhos- estão avaliadas em US$ 22 milhões. Texto Anterior: Show: Hebe Camargo retoma carreira de cantora Próximo Texto: Teatro: Dramaturgos divulgam manifesto Índice |
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