São Paulo, quinta-feira, 17 de julho de 2008

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Comida/Crítica

Com fornos trazidos da Índia, Curry é uma boa surpresa a ser descoberta

JOSIMAR MELO
CRÍTICO DA FOLHA

O Curry Comida Indiana é uma boa surpresa, com gosto de segredo a ser descoberto. Fica numa rua no Morumbi complicada de achar, numa casa complicada de localizar (a numeração não faz sentido) e onde é complicado estacionar.
No entanto, atrás da discreta entrada, revela-se um ambiente simples, mas com detalhes que lhe dão aconchego.
Quadros indianos, lustres vermelhos com luz suave, mesas de madeira (poucas) com cadeiras forradas de algodão indiano, uma cortina diáfana separando um pequeno lounge com sofás estampados.
Aberto há um mês, o restaurante é extensão do bufê Curry, que já existia há um ano e fica ao lado de uma loja de decoração indiana. Sua proprietária é a paulistana Manuela Mantegari Narvania, 35, que viveu na Áustria (onde estudou hotelaria com foco na gastronomia) e voltou ao Brasil há dez anos, casada com o indiano Manish Narvania. Ela faz as funções de chef de cozinha e de salão.
Seu cardápio recobre as cozinhas regionais indianas, abordando os pratos mais populares e com boa opção vegetariana.
Os pratos são perfumados, e a intensidade da pimenta fica a critério do freguês, que é consultado. Dos dois fornos tandoor (fornos cilíndricos de barro, com carvão) trazidos da Índia saem assados e também o gostoso e elástico pão naan.
Como entradas, duas versões dos pasteizinhos samosas (de batata, ervilha e uva passa ou de frango). Do tandoor, vêm o frango marinado em iogurte e especiarias e o espeto de carne moída de cordeiro. Das panelas, ensopados de camarão (pequeninos, mas cozidos com parcimônia, tenros) com molho de curry ou de coco; de frango, em várias versões (como o massala, com especiarias picantes); de cordeiro, em molho de iogurte e especiarias, este pedido bem apimentado (nada de matar, picante como se deve); e a seção vegetariana, com muitos legumes e o gatta (nhoque de farinha de grão-de-bico ao molho de iogurte e açafrão).
Para beber, poucas opções -salvam-se o lassi (iogurte batido, aqui com manga) e o gostoso chá servido com um pouco de leite e cardamomo. Na sobremesa, o tradicional gulab jamun (bolinho de leite embebido em calda de pétala de rosa) é delicado e sem muito açúcar.

josimar@basilico.com.br


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