São Paulo, quinta-feira, 17 de julho de 2008

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Crítica

"Sombra do Vampiro" traz o terror para a vida

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Toda vez que passa "A Sombra do Vampiro" (TC Cult, 23h55; não recomendado para menores de 18 anos) sou atraído pelo filme e, mesmo que não tenha planejado, me vejo com olhos grudados na tela, como se nunca o tivesse assistido.
No filme de E. Elias Merhige existe uma evocação apaixonada: a do inigualável "Nosferatu" (1922), de F.W. Murnau. Depois, há duas interpretações extraordinárias, que já valeriam o filme: a de Malkovich como Murnau e, sobretudo, a de Dafoe como Max Schreck (o Nosferatu original).
Mais do que isso, existe o mistério de um filme que recobre outro. Ao evocar a história do vampiro, Merhige não faz um trabalho de fanzoca: é todo o terror, a sinfonia de terror concebida por Murnau que parece sair do celulóide para a vida, um pouco como os vampiros saem de seus sarcófagos para povoar nossos pesadelos.
Em outro registro, mas não tão outro assim: "A Mosca" (FX, 20h; não recomendado para menores de 12 anos) é também terrível e fascinante.


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