São Paulo, quarta-feira, 17 de agosto de 2005

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OUTRO CANAL

TSE frustra campanha pró-arma da Band

Márcio de Souza/TV Globo
ESTRADA Stênio Garcia e Milton Gonçalves nos bastidores de "Carga Pesada", que volta sexta, em sua provável última temporada; Gonçalves vive Aldo, organizador de gincana entre caminhoneiros

DANIEL CASTRO
COLUNISTA DA FOLHA

O departamento jurídico da Band estuda medidas contra resolução do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que disciplina a propaganda sobre o referendo pelo desarmamento. Em 23 de outubro, os eleitores terão que votar "sim" ou "não" à pergunta "O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?".
A resolução proíbe as emissoras de TV e rádio de "veicular propaganda política ou difundir opinião favorável ou contrária a qualquer proposta do referendo" e de "veicular ou divulgar filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro programa com alusão ou crítica às frentes parlamentares, mesmo que dissimuladamente, exceto programas jornalísticos ou debates sobre o referendo".
Preliminarmente, executivos da Band avaliam que as normas impedem a veiculação de editoriais e até mesmo discussões com especialistas. A emissora se preparava para veicular uma campanha própria em que defenderia seu ponto de vista sobre o desarmamento.
Em 2003, antes da aprovação do Estatuto do Desarmamento, a Band ocupou seus intervalos com peças em que defendia o "direito legítimo do cidadão" de portar armas. A posição era oposta à da Globo, que defendeu o desarmamento na novela das oito.
Para a Band, as regras do TSE favorecem o "sim", fortalecido pela Globo. Seus advogados estudam se não há cerceamento da liberdade de expressão.

Retorno Longe das novelas desde "Vidas Cruzadas" (Record, 2000), Gianfrancesco Guarnieri retorna em "Belíssima", próxima atração das 21h na Globo. Ele será o diretor de teatro Peppe, um italiano divertido que ensina interpretação a criancas do Bexiga (São Paulo).

Empate 1 A estréia do "SBT Brasil", de Ana Paula Padrão, não alterou em nada a audiência da emissora nem das demais redes. O telejornal marcou média de 11 pontos, a mesma que o SBT registrou das 19h15 às 20h em maio, junho e julho. Ficou em segundo lugar, à frente da Record, como já ocorria. Para um programa divulgado com grande campanha publicitária, esperava-se mais.

Empate 2 Na Band, o resultado do "SBT Brasil" foi até comemorado. A emissora temia que o telejornal afetasse seu "Jornal da Band". Mas isso não ocorreu. O noticiário de Carlos Nascimento deu média de cinco pontos, marca já alcançada neste mês.

Conteúdo Para as principais concorrentes do SBT (inclusive a Globo), o jornal de Ana Paula Padrão foi confuso (informou, por exemplo, que o senador Delcídio Amaral anunciou sua saída do PT, mas ele apenas falou nessa possibilidade), não teve nenhuma notícia exclusiva de grande impacto e ainda colocou sua credibilidade em risco ao abrir com um depoimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva lhe desejando "boa sorte".


E-mail - daniel.castro@uol.com.br

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