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Inédito, filme "Tropa de Elite" já é vendido em DVD por camelôs do RJ
Polícia apura vazamento de versão inacabada do novo trabalho de José Padilha
SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL
O filme inédito "Tropa de
Elite", de José Padilha, sobre o
Bope (Batalhão de Operações
Especiais da Polícia Militar),
cuja estréia nos cinemas está
prevista para outubro, foi alvo
de pirataria e está sendo vendido em cópias ilegais por camelôs, no Rio de Janeiro.
A polícia investiga o caso. Padilha, que despontou no cinema com o documentário "Ônibus 174", está seguro de que o
responsável pelo vazamento do
filme será identificado e preso
em breve. "Vamos pegar o cara.
É inevitável", afirma.
A versão pirata, que está sendo oferecida a R$ 10 no comércio informal, corresponde, segundo o diretor, ao "terceiro
corte [versão editada] do filme"
e, de acordo com Padilha, há registros "de todos os que puseram a mão nessa cópia".
O cineasta diz que, no ponto
em que estão, as investigações
demonstram que "o elo entre o
cara que roubou e o mercado de
pirataria é um PM, o que comprova a tese do filme".
"Tropa de Elite", protagonizado pelo ator Wagner Moura,
no papel de um capitão do Bope
inspirado numa fusão de personagens reais, enfoca práticas de
corrupção e atos de violência
desmedida cometidos por
membros da corporação.
Durante as filmagens, no ano
passado, no Rio, a equipe foi alvo de um roubo. Os ladrões
abordaram uma van que transportava um carregamento de
armas cenográficas e levaram o
armamento.
"Tropa de Elite" é candidato
a abrir o Festival do Rio, no
próximo dia 20 de setembro, e
será submetido também às seleções dos festivais Sundance
(janeiro de 2008) e de Berlim
(fevereiro de 2008).
Padilha diz que "ninguém sabe o efeito" que as vendas piratas terão sobre a bilheteria do
filme, mas acredita na chance
de não haver prejuízo à performance da venda de ingressos, já
que "o público do DVD pirata é
um e o dos cinemas, outro".
Ainda assim, o diretor afirma
estar chateado com a divulgação de sua obra inacabada. "É
como se você fosse um escritor
e as pessoas estivessem lendo o
rascunho de seu livro."
Colaborou a SUCURSAL DO RIO
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