São Paulo, terça-feira, 17 de agosto de 2010

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Livros devem preparar jovens para a dor, dizem autores de best-sellers

MARCO RODRIGO ALMEIDA
DE SÃO PAULO

Nem mesmo o horário (13h de ontem) conteve a popularidade dos autores John Boyne ("O Menino do Pijama Listrado") e Jostein Gaarder ("O Mundo de Sofia") na Bienal do Livro de São Paulo.
Cinco minutos após o início da distribuição das senhas (11h), os 150 lugares disponíveis para a palestra estavam esgotados.
Além do sucesso de público, o irlandês Boyne, 39, e o norueguês Gaarder, 58, guardam entre si outra semelhança: ambos souberam incorporar temas áridos em tramas ágeis e envolventes voltadas ao público jovem.
Em "O Mundo de Sofia", Gaarder trata da história da filosofia ocidental. Já em "Através do Espelho" narra a vida de uma garota doente.
Boyne não é menos árduo. "O Menino do Pijama Listrado" é uma fábula sobre a amizade entre um garoto alemão e um judeu durante a Segunda Guerra (1939-45).
Boyne não nega que sua intenção seja justamente "provocar" o jovem leitor.
"A história pode fazer o leitor a questionar seu mundo. Os melhores livros despertam a vontade de querer fazer alguma coisa", diz Boyne.
Questionado sobre como contar assuntos difíceis de forma agradável, Gaarder argumentou que uma boa história é a melhor forma de ensinar algo, mesmo que situações adversas.
"As crianças passam por coisas tristes na vida. É importante que leiam histórias assim, para aprenderem a enfrentar essas situações."


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