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Acid Jazz
Incognito e Bluezeum mergulham em outros gêneros da black music e lançam álbuns muito além do Acid Jazz
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INCOGNITO
Divulgação
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Jean-Paul "Bluey" Maunick, do Incognito, que lança "No Time Like the Future" |
CARLOS CALADO
especial para a Folha
Quem procurar nas lojas o
novo álbum do
Incognito vai
encontrá-lo,
provavelmente,
na seção de "acid jazz". Porém,
após ouvir as dez faixas, não há
como negar: ele também poderia
estar em R&B, soul, funk, dance,
jazz-funk ou black music.
Variedade rítmica é uma característica da banda britânica desde
sua criação, no início dos anos 80.
O maior responsável é o guitarrista, compositor (e único remanescente da primeira formação)
Jean-Paul "Bluey" Maunick.
Pouco antes de se apresentar no
Brasil, em 1996, Bluey definiu
com precisão sua receita: "No Incognito, podemos tocar qualquer
coisa com influência do soul, do
jazz ou da música latina, mas o
baixo e a bateria têm sempre que
soar "funky'".
Essa fórmula permanece ativa
no álbum "No Time Like the Future", que acaba de ganhar edição
brasileira (baseada na versão européia, infelizmente; a japonesa
saiu com duas faixas extras).
Bluey e seus parceiros voltam
com uma coleção de faixas mais
"para cima" do que as incluídas
no introspectivo "Beneath the
Surface" ou na compilação instrumental "Blue Moods", ambos
lançados em 1997.
Mais uma vez, a gama de estilos
é ampla: "disco" à anos 90
("Nights Over Egypt"), jazz-funk
("I Can See the Future"), R&B
("More of Myself"), neosoul britânico ("Marrakech").
Entre as mais originais, "Fearless" une vocais tribais com os sopros da banda cubana Irakere.
Já para a galera eletrônica, Bluey
oferece a atmosférica "Black
Rain", que fecha o CD com batidas de drum'n'bass mescladas a
teclados e sopros jazzísticos, além
do tradicional naipe de cordas à
Incognito. Bom exemplo de como
se manter na moda, sem precisar
vender a alma.
Avaliação:
Disco: No Time Like Future
Banda: Incognito
Lançamento: Talkin" Loud/Universal
Quanto: R$ 18, em média
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