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EVENTO
Ensaísta avalia o impacto que a tecnologia provoca na leitura e nos leitores
"O livro sobreviverá", diz Manguel
da Reportagem Local
Os livros, no
formato que conhecemos, impressos, são
imortais, já que,
até hoje, não
houve tecnologia capaz de
substituí-los. Esta é a opinião do
ensaísta e escritor Alberto Manguel, 49, autor de "Uma História
da Leitura", lançado agora pela
Companhia das Letras.
Durante a palestra promovida
anteontem pela Folha, Companhia das Letras e Unibanco, Manguel mergulhou no mundo dos leitores, povoado por palavras e imagens, que podem estar na mente,
no papel, em pinturas ou nas telas
de computador.
"Por anos se profetizou o fim do
livro", disse, apontando como
elementos ameaçadores o filme, a
TV, o game, o vídeo, e agora, a Internet e o CD-ROM.
O que se verifica, na opinião de
Manguel, é que apesar das várias
formas de tecnologia já disponíveis, o número de livros impressos
no momento é maior do que em
qualquer outra época.
"Não devemos temer mudanças. Nada de precioso será perdido, apenas novas possibilidades
surgirão, questionando a satisfação do leitor criativo em oposição
ao espectador passivo."
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