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EVENTO
Projeto Fica ViVo ocupa BH
Programa leva cultura da periferia para o centro
ADRIANA FERREIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Na comunidade de Aglomerado
Morro das Pedras, região oeste de
Belo Horizonte, a média de homicídios em 2003 era de 30 pessoas.
Neste ano, caiu para nove casos.
Essa significativa redução nos
índices de violência vem se repetindo em outros bairros da periferia da capital mineira, e boa parte
dessa queda é creditada ao Fica
Vivo, programa de controle de
homicídios gerenciado pela Secretaria de Estado de Defesa Social de Minas Gerais.
O que faz o programa? Simples:
promove oficinas de música, dança e artes plásticas, entre outras
atividades, para jovens entre 12 e
24 anos. O resultado desse trabalho, que acaba de completar dois
anos, será mostrado pela primeira
vez no evento Fica Vivo na Cidade, que acontece no centro de BH a
partir de hoje até o dia 23/9.
Segundo Nilson Pereira Silva,
coordenador geral do projeto, a
idéia é ocupar o ambiente urbano
com "questões artísticas". "Em
Belo Horizonte existem muitos
grupos de tambor. Vamos reunir
mil destes na abertura [hoje]",
afirma Silva.
Outro objetivo do evento é dar
visibilidade ao trabalho desses jovens, tirando-os da periferia e levando-os para o centro da cidade.
Amanhã (18/9), a tradicional feira
de artesanato da avenida Afonso
Pena será invadida por artistas
com pernas-de-pau e malabares
em uma "passeata artística".
A cultura hip hop norteia praticamente todas as atividades.
"Pensamos em levar a música eletrônica [às comunidades], mas
eles não são chegados. Eles gostam é do hip hop", lembra Silva.
Por conta disso, figuras como o
rapper BNegão irão ministrar oficinas e estarão no show de encerramento que, além dele, terá apresentações de Black Alien, Rappin'Hood e de dois grupos de Minas, o NUC e o Manifesto 1º Passo.
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