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CRÍTICA DRAMA
Em "O Quarto", personagem patético rende um belo filme
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Era muito estranho, o cinema de Rubem Biáfora. O crítico detestava o cinema novo,
assim como não gostava de
sinais de brasilidade na tela.
Era uma arte universal, não
comportaria essas coisas.
O estranho é que, com "O
Quarto" (Canal Brasil, 0h30,
18 anos), Biáfora compôs um
filme tão "nacional" que até
acabou recebendo uma carta
do desafeto Glauber Rocha.
Ali, Sergio Hingst faz um
funcionário de vida medíocre, mas convicções antiburguesas, que entre encontros
com prostitutas, tem um caso
com uma mulher rica.
Esse é o ponto em que começa a tropeçar nas próprias
limitações. Patético personagem para um belo filme.
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