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Autora condenou amante à morte
de Paris
Em 1944, após a liberação de Paris das mãos dos nazistas, o depoimento de Marguerite Duras foi decisivo para a condenação à morte
de um francês acusado de colaboracionismo. Ao mesmo tempo, o
amante de Duras mantinha um caso com a mulher do acusado.
Essa rocambolesca história é um
dos principais pontos obscuros da
vida de Duras para os quais sua
biografia traz uma nova luz.
Durante três meses, em 1944,
Duras manteve encontros com
Charles Delval, que fazia pequenos
serviços para a Gestapo, polícia
política da Alemanha nazista.
Ela se aproximou de Delval para
obter notícias do marido, Robert
Antelme, que havia sido preso.
Com o fim da guerra, Delval foi
julgado por crime de colaboracionismo. O depoimento que lhe condenou foi o de Duras. Acabou sendo fuzilado no começo de 1945.
Enquanto isso, o filósofo Dionys
Mascolo, que era amante de Duras
mesmo antes de Antelme ser preso, acabou tendo um filho com a
mulher de Delval, Paulette.
Duras nunca soube do romance
de seu amante com a mulher do
homem que ajudou a condenar.
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