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LIVRO/LANÇAMENTO
"JACQUES, O FATALISTA, E SEU AMO"
Edição da obra é a primeira no Brasil
Diderot questiona o destino
DA REPORTAGEM LOCAL
Numa estrada do século 18, Jacques viaja com seu amo. Enquanto seguem seu caminho, o empregado tenta convencer o patrão de
que o destino é inelutável.
O relato dessa viagem é obra do
enciclopedista Denis Diderot
(1713-1784), mas só agora ganha
edição no Brasil. Seu grande trunfo é levar o leitor a um questionamento filosófico sempre vivo
-afinal, seremos ou não autores
de nossa existência?- de forma
divertida e leve.
Cada fala, como numa peça de
teatro -ou um diálogo, como
convém a um filósofo-, é precedida pelo nome do personagem.
Não se trata, porém, somente da
conversação, uma vez que um
narrador, dirigindo-se ao leitor
(um dos traços que fazem com
que a obra possa ser vista como
precursora do realismo do século
seguinte), interrompe, descrevendo o ambiente ou sugerindo fatos
que poderiam ou não acontecer a
partir da situação apresentada pelo diálogo.
A narrativa começa no momento em que Jacques decide narrar
ao amo a história de seus amores.
Mas não pense que o que virá será
um longo relato das aventuras românticas de um ex-soldado.
Enquanto conta, novos acontecimentos se interpõem, ocasionando digressões, incorporadas
ao esforço de Jacques para comprovar que "tudo o que nos acontece de bom e de mau aqui embaixo estava escrito lá em cima".
JACQUES, O FATALISTA, E SEU AMO
-("Jacques, le Fataliste; primeira
publicação em 1778). De: Denis Diderot
(França, 1713-1784). Editora: Nova
Alexandria (tel. 0/xx/11/5571-5637,
www.novaalexandria.com.br).
Tradução, apresentação e notas:
Magnólia Costa Santos.
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