São Paulo, sábado, 17 de novembro de 2001

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LIVRO/LANÇAMENTO

"JACQUES, O FATALISTA, E SEU AMO"

Edição da obra é a primeira no Brasil

Diderot questiona o destino

DA REPORTAGEM LOCAL

Numa estrada do século 18, Jacques viaja com seu amo. Enquanto seguem seu caminho, o empregado tenta convencer o patrão de que o destino é inelutável.
O relato dessa viagem é obra do enciclopedista Denis Diderot (1713-1784), mas só agora ganha edição no Brasil. Seu grande trunfo é levar o leitor a um questionamento filosófico sempre vivo -afinal, seremos ou não autores de nossa existência?- de forma divertida e leve.
Cada fala, como numa peça de teatro -ou um diálogo, como convém a um filósofo-, é precedida pelo nome do personagem.
Não se trata, porém, somente da conversação, uma vez que um narrador, dirigindo-se ao leitor (um dos traços que fazem com que a obra possa ser vista como precursora do realismo do século seguinte), interrompe, descrevendo o ambiente ou sugerindo fatos que poderiam ou não acontecer a partir da situação apresentada pelo diálogo.
A narrativa começa no momento em que Jacques decide narrar ao amo a história de seus amores. Mas não pense que o que virá será um longo relato das aventuras românticas de um ex-soldado.
Enquanto conta, novos acontecimentos se interpõem, ocasionando digressões, incorporadas ao esforço de Jacques para comprovar que "tudo o que nos acontece de bom e de mau aqui embaixo estava escrito lá em cima".


JACQUES, O FATALISTA, E SEU AMO -("Jacques, le Fataliste; primeira publicação em 1778). De: Denis Diderot (França, 1713-1784). Editora: Nova Alexandria (tel. 0/xx/11/5571-5637, www.novaalexandria.com.br). Tradução, apresentação e notas: Magnólia Costa Santos.


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