São Paulo, sexta-feira, 17 de novembro de 2006

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Outro Canal

Daniel Castro - dcastro@folhasp.com.br

João Miguel Jr./TV Globo
GLOBO COMEÇA A GRAVAR MINISSÉRIE NO RIO Tânia Alves e Regina Casé (ao centro) contracenam em "Amazônia - De Galvez a Chico Mendes", que começou a ser gravada no Rio, onde a Globo reproduziu um seringal; Regina será curandeira

Telespectador do futuro vai ver novela ao meio-dia, prevê estudo

A TV móvel, que ainda engatinha na telefonia celular, mas que tende a explodir com a TV digital, vai mudar significativamente os hábitos dos telespectadores, a publicidade e a produção de conteúdo. Novelas serão vistas ao meio-dia e telejornais terão apenas um minuto.
É o que conclui o inédito estudo "This Box Was Made for Walking" (Essa caixa foi feita para andar), produzido pela London School of Economics (LSE) para a Nokia.
A TV móvel será uma das principais características da TV digital. Com a nova tecnologia, as redes de TV irão transmitir direta e gratuitamente para telefones celulares.
O relatório aponta que há mercado para a TV móvel desde que tenha alta qualidade de som e imagem. As pessoas vão aderir a ela para buscar informação em tempo real, "matar o tempo", ter a "sensação de ‘fazer parte’" e até para usá-la como "uma extensão de suas vidas e experiências pessoais".
Isso porque o telespectador não só terá acesso à programação gerada pelas TVs e telefônicas, mas também a conteúdo dele próprio, como já ocorre na internet. A TV móvel será "customizada", e o telespectador irá interagir e escolher o que receber e compartilhar.
Os programas serão mais curtos. No lugar de episódios, haverá "mobisodes". O estudo cita um telejornal recentemente criado pela China Telecom (operadora de celular chinesa), que dura apenas um minuto.
A LSE aposta em um horário nobre ao meio-dia. "Testes mostram que novelas em TV móvel serão extremamente populares durante o horário de almoço", diz o relatório.
Por causa da tela pequena dos celulares, a TV móvel obrigará as TVs a trabalharem com enquadramentos de câmeras mais fechados, um abuso dos "close-ups". E para atingir o telespectador nesse ambiente, os publicitários terão de criar anúncios de apenas cinco segundos, vaticina a LSE.


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