São Paulo, sábado, 17 de novembro de 2007

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Crítica

"Sublime Amor" é aula sobre musical

SÉRGIO RIZZO
CRÍTICO DA FOLHA

Por aqui, "Dreamgirls" (2006) e "Hairspray" (2007) não fizeram muito sucesso. Nos EUA, contudo, foram êxitos que apontaram para a retomada do musical em chave ligada estreitamente à Broadway, da qual veio também "Chicago" (2002), a maior bilheteria norte-americana no gênero (se descontadas as animações com números musicais).
Bom momento, portanto, para voltar a uma aula-magna sobre o tema, "Amor, Sublime Amor". Em 1961, se dizia que o musical no cinema jamais seria o mesmo depois dessa adaptação, em largos 70 mm espremidos pela tela da TV, do espetáculo "West Side Story", do coreógrafo Jerome Robbins e do dramaturgo Arthur Laurents. Era uma transposição de "Romeu e Julieta", de Shakespeare, para as ruas de Nova York. Do filme, que Robbins co-dirigiu com Robert Wise, é difícil passar incólume, ainda hoje, pelo esplendor dos minutos iniciais.
Primeiro, graças à solução gráfica do designer Saul Bass (que desenhou com Hitchcock a seqüência do chuveiro de "Psicose") para revelar o espaço enquanto a suíte musical de Leonard Bernstein resume os temas da história. Depois, com o silêncio (Deus, lá de cima, observa suas criaturas?) e, com a chegada do som e do movimento, o mundo entendido em forma de musical.


AMOR, SUBLIME AMOR
Quando: hoje, às 19h25, no TC Cult



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