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São Paulo, quarta-feira, 17 de dezembro de 2003

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ILUSTRADA

Profetas podem ir para o Museu de Congonhas

Obras de Aleijadinho terão réplicas, mas substituição não está definida

THIAGO GUIMARÃES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CONGONHAS (MG)

Resguardada a polêmica sobre a possível transferência para um ambiente climatizado do conjunto de profetas esculpido no início do século 19 por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814), serão construídas réplicas das estátuas, que adornam o adro do santuário Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas (MG).
A reprodução dos 12 profetas de pedra-sabão integra o projeto do Museu de Congonhas, lançado ontem na cidade pelo ministro Gilberto Gil (Cultura). A substituição dos originais, contudo, ainda depende de estudos.
O ministro voltou a defender a retirada das peças. "Com mais 20 ou 30 anos expostas ao tempo, elas estarão definitivamente comprometidas." Dizendo-se leigo no assunto, ressaltou tratar-se de opinião pessoal.
Ainda não há consenso sobre a mudança da obra de lugar. O prefeito de Congonhas, Gualter Monteiro (PL), é um entusiasta da medida. "Todos os estudos que conheço recomendam a saída das peças do adro." A superintendente nacional do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Maria Elisa Costa, afirmou ser necessário desvincular o projeto do museu da transferência das esculturas. O Museu de Congonhas será o primeiro a levar a chancela do Monumenta, programa de recuperação de sítios e conjuntos históricos do Ministério da Cultura. A obra deverá ser concluída no fim de 2005.


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