No céu de dezembro, o Sol se relaciona bem com Saturno, e a Lua míngua em Sagitário.
Enquanto isso, a humanidade singra o universo a bordo do planeta Terra e deixa atrás de si o rastro de suas obras.
E, por mais que se desinteresse da consequência de seus próprios atos, haverá de reencontrar esse rastro quando a órbita de sua viagem pelo mesmo lugar atravessar.
Aí então, esquecida do que fez, se surpreenderá com as coincidências que a cutucam para que mantenha sempre lúcida sua consciência.
Quem atrás de si deixa um rastro de dor e tristeza encontrará a melancolia e por ela será atiçado até que, pelo próprio esforço, a supere.
Quem deixa atrás de si um rastro de beleza e misericórdia haverá de sentir na alma a carícia do amor. Tempo é a matéria do destino e toda manifestação do universo a ele se deve.
Não há bom nem mau para o tempo, apenas o que é e o que não é. A moral não se aplica ao tempo. A sensação de cansaço que muitos sentem por ter de repetir uma e outra vez as mesmas situações é proporcional à resistência oferecida à passagem do tempo.
Todos, sem exceção, terão de aprender a administrar o próprio tempo.

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