São Paulo, sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

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Crítica/"Os Seis Signos da Luz"

Fantasia mostra adolescência de um pequeno herói

CRÍTICO DA FOLHA

Leitores de relatos de fantasia mais atentos percebem rápido que por trás dos poderes extraordinários de Harry Potter ou de Peter Parker há uma representação simbólica da adolescência, com suas transformações, sua inadequação e sua erotização acelerada.
A adaptação de "Os Seis Signos da Luz", obra da escritora de livros juvenis Susan Cooper, explora esse filão sob o disfarce de um subproduto do imaginário Harry Potter e companhia, com direito a uma abordagem mais gótica que seus pares.
No lugar do pequeno bruxo, aparece Will Stanton, um garoto que descobre ser integrante de uma estirpe chamada de Anciãos e, com isso, possuir poderes extraordinários. Com eles, torna-se responsável por salvar o mundo das forças do mal.
A certa altura, será inevitável que o pequeno herói assuma tal tarefa, justificando que o público pague ingresso para ver uma avalanche de efeitos especiais. Antes disso, contudo, "Os Seis Signos da Luz" guarda momentos mais interessantes, com seu retrato da adolescência como exercício da rebeldia e um tom sexual mais direto que o dos filmes de Harry Potter.
Para quem só quer fantasia, o filme pode decepcionar porque demora um bocado a adentrar nesse universo. Mas é no prosaico que ele escapa dos riscos de se converter em mera ficção genérica. (CSC)

OS SEIS SIGNOS DA LUZ
Direção:
David L. Cunningham
Produção: EUA, 2007
Com: Alexander Ludwig, Christopher Eccleston e Ian McShane
Onde: estréia hoje nos cines Bristol, Market Place Cinemark e circuito
Avaliação: regular


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