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Crítica/"Os Seis Signos da Luz"
Fantasia mostra adolescência de um pequeno herói
CRÍTICO DA FOLHA
Leitores de relatos de
fantasia mais atentos
percebem rápido que
por trás dos poderes extraordinários de Harry Potter ou de
Peter Parker há uma representação simbólica da adolescência, com suas transformações,
sua inadequação e sua erotização acelerada.
A adaptação de "Os Seis Signos da Luz", obra da escritora
de livros juvenis Susan Cooper,
explora esse filão sob o disfarce
de um subproduto do imaginário Harry Potter e companhia,
com direito a uma abordagem
mais gótica que seus pares.
No lugar do pequeno bruxo,
aparece Will Stanton, um garoto que descobre ser integrante
de uma estirpe chamada de Anciãos e, com isso, possuir poderes extraordinários. Com eles,
torna-se responsável por salvar
o mundo das forças do mal.
A certa altura, será inevitável
que o pequeno herói assuma tal
tarefa, justificando que o público pague ingresso para ver uma
avalanche de efeitos especiais.
Antes disso, contudo, "Os
Seis Signos da Luz" guarda momentos mais interessantes,
com seu retrato da adolescência como exercício da rebeldia e
um tom sexual mais direto que
o dos filmes de Harry Potter.
Para quem só quer fantasia, o
filme pode decepcionar porque
demora um bocado a adentrar
nesse universo. Mas é no prosaico que ele escapa dos riscos
de se converter em mera ficção
genérica.
(CSC)
OS SEIS SIGNOS DA LUZ
Direção: David L. Cunningham
Produção: EUA, 2007
Com: Alexander Ludwig, Christopher Eccleston e Ian McShane
Onde: estréia hoje nos cines Bristol,
Market Place Cinemark e circuito
Avaliação: regular
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