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TELEVISÃO
Crítica
"Eleição" é rara chance de assistir a Johnnie To
PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Martin Scorsese e Quentin
Tarantino são dois que reconhecem o trabalho do diretor
chinês Johnnie To, que não é
reconhecido pelos nossos distribuidores -"Eleição" (Megapix, 23h45, não recomendado a menores de 18 anos) foi o
único de seus formidáveis filmes lançado nos cinemas brasileiros.
Seguindo a tradição cinematográfica de seu país, To trabalha com o cinema de gênero
(mais precisamente, os filmes
de gângster) sem abrir mão do
formalismo, ou seja, as histórias sempre nos são mostradas
com um extremo senso de cena, de mise-en-scène.
"Eleição" fala, basicamente,
da oposição entre tradição e
modernidade. Um conservador
é o eleito para chefiar a tríade, o
que revolta um ousado jovem
candidato. Disso virá uma série
de traições e assassinatos.
Uma cena síntese disso é
quando macacos assistem a um
homem matando a pedradas
um casal no bosque. Assustadíssimos, os símios não compreendem a brutalidade do ato.
Cena muito bem filmada, diga-se. Esse é o cinema de
Johnnie To.
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